O Xisto Não Pode Parar!
O fato de a Petrobrás ter criado um grupo de estudo para avaliar a viabilidade econômica da Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), em São Mateus do Sul, causa preocupação na categoria e na sociedade local. Isso porque, diante do cenário de crise na Petrobrás e em todo o setor petróleo, pode ser uma sinalização de encerramento das atividades da SIX.
Diante disso, uma série de entidades da sociedade civil organizada e representantes políticos se engajaram na luta em defesa da SIX e lançaram a campanha “O Xisto Não Pode Parar”. O movimento, no entanto, vai além da manutenção das atividades da SIX. É preciso garantir investimentos na Usina do Xisto para que ela seja de fato viabilizada economicamente. Caso contrário, a cada queda abrupta no preço do barril de petróleo as ameaças de encerramento das atividades voltam à tona.
A Usina produz óleo combustível, nafta, gás combustível, gás liquefeito e enxofre, e ainda produtos que podem ser utilizados nas indústrias de asfalto, cimenteira, agrícola e de cerâmica. Porém, por ser um Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica, desenvolveu fertilizantes para a indústria agropecuária, a partir da água de xisto; e também faz o processamento do lastro, um resíduo de reservatórios de petróleo e derivados que requer destinação ambientalmente correta e que tem alto custo. Ainda no rol de atividades econômicas viáveis, o processamento do xisto permite a reciclagem de pneus em larga escala.
Requerimento que convoca os envolvidos foi aprovado nesta quarta-feira (24), na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle.
Presidente da companhia determinou a apuração interna do caso após reportagem que aponta irregularidades na privatização da unidade.
Reabertura da Fafen-PR também esteve na pauta da reunião. Ministro assumiu compromisso com a FUP de criar GT e conselho para debater conteúdo local e fertilizantes.
Avaliação na renovação da apólice de seguro de riscos operacionais indica que a SIX vale US$ 418 milhões; unidade foi vendida pela Petrobrás por US$ 41 milhões.
A empresa foi condenada a pagar R$ 5 mil por dia, desde março de 2020.
Sindicato enviou ofício à gestão da estatal no qual cobra posições mais claras da empresa sobre datas, locais e condições das transferências de empregados da Usina do Xisto.
A luta contra a privatização da Usina do Xisto não terminou, muito pelo contrário.
Petrobrás e Forbes & Manhattan descumprem legislação municipal ao não realizarem auditoria ambiental na Usina do Xisto.