Trabalhador realizava serviços em espaço confinado e veio a óbito.
Célio Alves da Cruz era terceirizado e trabalhava nas obras de parada de manutenção da Refinaria.
É com pesar que o Sindipetro PR e SC informa os falecimentos do lubrificador Rodrigo de Souza Germano (36 anos) e do caldeireiro Marcos da Silva (39 anos). Para a entidade, mesmo alertada por diversas vezes, gestão da refinaria manteve concentração de trabalhadores no auge da pandemia
Trabalhador fazia manutenção em um guindaste no momento da tragédia.
Foi localizado no final da tarde desta terça-feira (02/02), o corpo do técnico de operação da Reduc que estava desaparecido desde a noite do dia 31 de janeiro. Conforme havia apurado o Sindipetro Duque de Caxias, ele caiu dentro de um tanque, cuja temperatura era de 75º C. O teto do reservatório cedeu, quando o operador subiu para aferir o nível de armazenamento. Segundo o sindicato, os gestores da Reduc sabiam que a estrutura estava bastante comprometida por causa da corrosão e nada fizeram para garantir a segurança dos trabalhadores.
Em 2013, durante uma inspeção de equipamentos na refinaria, foi recomendada, inclusive, a troca do teto do tanque onde o operador morreu. Em 2014, o Ministério do Trabalho interditou vários desses reservatórios devido ao nível acentuado de corrosão nas escadas de acesso e nos tetos. Ou seja, o que aconteceu na Reduc foi muito mais do que um acidente grave de trabalho. Foi um crime. O Artigo 132 do Código Penal é claro: "expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente" é crime!
Nesta terça-feira, antes do corpo do operador ser resgatado, o Comitê de SMS do Conselho de Administração da Petrobrás, que é coordenador pelo conselheiro eleito Deyvid Bacelar, esteve na refinaria para ouvir os trabalhadores e os gestores sobre o acidente. Vários relatos confirmaram as denúncias do sindicato sobre as condições precárias de segurança dos tanques, que, além do processo acentuado de corrosão, não têm iluminação adequada, pontilhão (passarela para acesso), corrimão e guarda-corpo.
O conselheiro solicitou à Reduc os relatórios da inspeção de equipamentos com recomendações para o tanque onde o operador caiu, bem como notas de manutenção que possivelmente tenham sido abertas, relatórios de inspeção de segurança do SMS, atas da CIPA, autos de infração do MTE, entre outras informações referentes ao tanque e demais reservatórios. Deyvid também cobrou da Gerência Executiva do Refino e do SMS Corporativo que seja proibido o acesso ao teto dos tanques da Reduc até que as estruturas metálicas sejam vistoriadas e as causas do acidente, identificadas.
A direção da FUP realizará nesta quarta-feira (03), pela manhã, um ato em frente à Reduc, cobrando condições seguras de trabalho e a responsabilização dos gestores por mais esta morte anunciada.
Fonte: FUP
O Sindipetro-NF foi informado no final da tarde de terça-feira (04) que um mergulhador da empresa SISTAC - Sistemas de Acesso faleceu a bordo da P-31. O trabalhador passou mal no mar, a 12 metros de profundidade, quando trabalhava num “slot” de um duto da plataforma.
Segundo a categoria, um colega que estava junto percebeu que o mergulhador passava mal, colocou ele no sino, mas infelizmente chegou sem sinais vitais à enfermaria. O sindicato vai apurar outras informações que possam esclarecer as circunstâncias da morte e lamenta a perda de mais um companheiro.
O Diretor do Sindipetro-NF Alessandro Trindade, embarcou hoje rumo a P-31 para participar da Comissão de Investigação do acidente.
Fonte: Sindipetro NF
Baleeira da P-35 cai e petroleiro de PCH-2 morre após passar mal e ser atendido por videoconferência
A insegurança na Bacia de Campos continua preocupando os trabalhadores e o movimento sindical. Na última sexta-feira, 19, dois episódios reforçaram as denúncias e cobranças da FUP e do Sindipetro-NF que apontam a urgência de uma nova polítlia de SMS nas unidades do Sistema Petrobrás.
Baleeira cai e petroleiros relembram Enchova
Durante um teste de carga da baleeira na plataforma P-35, no último dia 19, os freios não atuaram e ela foi ao mar. Segundo informação, a baleeira passou por manutenção no dia 30 de agosto, passou apenas por um teste de navegabilidade e foi liberada para utilização. Por sorte, não havia ninguém dentro da mesma e nenhum trabalhador foi ferido.
Cerca de 30 anos depois do Acidente de Enchova, que vitimou trabalhadores após a queda de uma baleeira, esses equipamentos continuam não tendo sua devida importância levada em conta na hora de uma manutenção. Nesta quarta-feira, 24, a plataforma passará por uma inspeção da Marinha.
Operador de Cherne morre após passar mal e ser atendido por videoconferência
Também na sexta-feira, 19, o Técnico de Operações Pleno de PCH-2, Jorge Antônio Tomaz, morreu, após passar mal a bordo da plataforma e ser atendido por videoconferência. O trabalhador embarcava há vários anos na plataforma e retornou de mais uma folga no último dia 17. No dia seguinte,18, pela manhã, ele apresentou um quadro de enjoos, fez um atendimento com o médico de terra por videoconferência e foi liberado em seguida. Na sexta, 19, desmaiou no banheiro da plataforma e foi levado à enfermaria, onde o médico, novamente por videoconferência, decidiu pelo desembarque com resgate aeromédico. Ao chegar em Macaé, ainda no aeroporto, sofreu um infarto, não resistiu e faleceu. As informações foram repassadas ao sindicato pelo SMS da UO-BC.
Para a FUP e o Sindipetro-NF, toda a circunstância da morte precisa ser esclarecida, apurando o desenrolar dos acontecimentos desde o embarque do trabalhador, especialmente o primeiro atendimento e as condições do resgate. A entidade sempre criticou de forma veemente os atendimentos à distância que são realizados nas plataformas.
Fonte: FUP, com informações do Sindipetro-NF
Na madrugada desta quinta-feira, 18, ocorreu um acidente na Unidade Operacional da Petrobrás no Espírito Santos, no município de Linhares, onde mais um trabalhador terceirizado perdeu a vida devido à insegurança da empresa. Sidnei Vieira Messias, de 44 anos, era casado, tinha dois filhos e trabalhava como operador de sondas terceirizado, da empresa Tuscany, que presta serviços à Petrobrás no estado.
Segundo informações preliminares do Sindipetro -ES, o acidente aconteceu na Sonda 128, às 3h20 da manhã. O trabalhador, ao executar a manobra de descida de uma coluna de perfuração, foi atingido por um estabilizador de aproximadamente 9 metros de cumprimento, pesando uma tonelada. A queda do estabilizador atingiu o operador no torax, causando fratura as costelas que perfuraram o pulmão. Ainda, segundo o sindicato, o trabalhador acidentado recebeu os primeiros socorros no Hospital de Linhares e, logo após foi tranfesrido de helicóptero, ao hospital de Vitória, onde faleceu.
O Sindipetro -ES está buscando mais informações para confirmar se o acidente foi causado por uma falha de operação e também participará da comissão oficial de investigação do acidente.
Este já é o nono acidente no ano de 2014 e, o terceiro, em menos de quinze dias. Os dois últimos ocorreram no dia 09 e 10, no Paraná e em Duque de Caxias.
A FUP e seus sindicatos lamentam a perda de mais um trabalhador que prestava serviços à Petrobrás, se solidariza à familia e continuará cobrando com veemência, que a empresa mude a postura de "pouco caso" com a segurança da categoria.
Fonte: Imprensa FUP