O Sindipetro Paraná e Santa Catarina fez um resgate do material audiovisual nos arquivos da greve de 1995 e concluiu uma série de entrevistas com dirigentes sindicais da época, petroleiros que foram demitidos por causa da greve, trabalhadores da base que participaram do movimento e também com novos empregados da Petrobrás.
O material será editado e a exibição à categoria ocorre na próxima terça-feira, dia 26 de maio, às 19h00, na sede do Sindicato, em Curitiba (Rua Lamenha Lins, 2064, Rebouças), em uma noite de memória e comemoração da luta petroleira. Na oportunidade serão servidos queijos e vinhos aos participantes. Todos os petroleiros estão convidados.
Para participar, por favor, confirme sua presença no evento criado no Facebook (https://www.facebook.com/events/1438249386491923/) ou pelo telefone (41) 3332-4554, com Liliane ou Mariley.
O Sindipetro também vai organizar a exibição do material nas demais cidades com bases da Petrobras no Paraná e Santa Catarina. A agenda será divulgada em breve.
Se você tem algum arquivo da greve dos petroleiros de 1995, que tal compartilhar este material? O Sindipetro Paraná e Santa Catarina busca ampliar o seu acervo sobre a maior mobilização da história da categoria. Para isso, conta com a colaboração de todos que participaram daquele movimento e têm algum registro guardado. Podem ser fotos, vídeos e documentos, como os telegramas que a empresa enviava às casas dos petroleiros para intimidar pela volta ao trabalho.
Os materiais podem ser enviados ao e-mail imprensa@sindipetroprsc.org.br, mas acaso você não tenha em formato digital, entre em contato pelo telefone (41) 3332-4554. O Sindicato vai coletar os originais, copiá-los e devolvê-los. Palavra de petroleiro!
Além de ampliar o acervo da entidade, você vai contribuir com a preservação da história dos trabalhadores petroleiros. O material enviado fará parte da biblioteca multimídia do Sindicato e também pode ser exposto nos eventos comemorativos dos 20 anos da greve.
A greve de 1995
Há 20 anos, no dia 03 de maio de 1995, os petroleiros iniciavam a mais longa greve da história da categoria. Foram 32 dias de contestação e de resistência à truculência do PSDB e ao projeto ultraneoliberal que o partido implantou no Brasil, em conjunto com os setores empresariais e da mídia.
Os petroleiros tiveram que enfrentar até mesmo o Exército, que, a mando dos tucanos, invadiu várias refinarias da Petrobrás com tanques e tropas armadas. Centenas de trabalhadores foram arbitrariamente punidos, vários deles, demitidos.
Por mais de um mês, a categoria resistiu à violenta repressão comandada por Fernando Henrique Cardoso e às manipulações da imprensa. A FUP e seus sindicatos foram submetidos a multas milionárias e tiveram seus bens penhorados.
Além de evitar a privatização da Petrobrás e de revelar a face autoritária do PSDB, a greve de maio de 1995 despertou um movimento nacional de solidariedade e de unidade classista. Várias categorias foram para às ruas defender a estatal, com um grito de guerra que se repetiu por todo o país: “Somos todos petroleiros!".
Jornal Olho Vivo - Especial Petrobrás sob ataque