A precarização das terceirizações no Sistema Petrobrás segue expondo trabalhadores a condições indignas. O caso mais recente envolve um vigilante que atua no Terminal Transpetro de Guaramirim (Temirm), em Santa Catarina, que foi submetido ao trabalho por 13 dias seguidos, sem nenhuma folga. Após a intervenção do Sindipetro Paraná e Santa Catarina, a empresa de vigilância ainda demorou mais cinco dias para providenciar a sua rendição. O saldo final desse caso temerário é que o vigilante trabalhou consecutivamente por 18 dias.
Infelizmente, situações como essa não são exceção, mas se repetem cada vez mais em um sistema que normaliza o desrespeito aos direitos trabalhistas. O Sindicato recebe quase que diariamente relatos de abusos, que vão desde a ausência de pagamento de férias até reduções salariais durante a licença-maternidade, passando por casos de assédio moral e até a recusa de atestados médicos por parte de prepostos. Além disso, há registros de atrasos salariais, pressão para que trabalhadores peçam demissão — eximindo as empresas do pagamento das multas rescisórias — e diversas outras formas de exploração desenfreada.
Esse cenário caótico tem como uma das principais causas o fato de as empresas do Sistema Petrobrás (Petrobrás, Transpetro e TBG) não cobrarem, através da fiscalização dos contratos, o devido respeito aos acordos coletivos de trabalho válidos. Outro fator que colabora para essas situações de precarização é a ausência de uma representação sindical que possa oferecer respaldo jurídico aos trabalhadores, o que agrava a vulnerabilidade desses profissionais.
O Sindipetro PR e SC reitera sua posição contra essa política de terceirização predatória e cobra providências do Sistema Petrobrás para garantir condições dignas aos trabalhadores. Além disso, a FUP e os sindicatos filiados trabalham por mudanças urgentes nos modelos de contratação através do Fórum de Prestadores de Serviços com a Petrobrás. A luta por justiça e segurança laboral deve ser um compromisso de toda a categoria.