CUT e movimentos sociais vão às ruas para manifestar as reivindicações da classe trabalhadora
Um dia de luta e luto! Assim é o 1º de Maio da CUT e dos movimentos sociais. Diversas mobilizações estão programadas para protestar por melhores condições de vida e trabalho e resgatar a memória das lutas da classe operária. Ao contrário de outras centrais sindicais, a CUT foca suas atividades do 1º de Maio em manifestações que denunciem as injustiças contra os trabalhadores e nas reivindicações da classe. Festas com sorteio de imóveis e veículos, não raras vezes patrocinados pelos patrões, são coisas de pelegos.
No Paraná a principal atividade do Dia Internacional do Trabalhador acontece no Largo da Ordem, em Curitiba. Trabalhadores de sindicatos filiados à Central e militantes dos movimentos sociais se concentram a partir das 09h, nas ruínas de São Francisco. Os manifestantes sairão em passeata pela região do centro e realizarão diversos atos. A violência trazida pela Copa do Mundo e as privatizações são as bandeiras de luta. “Precisamos lembrar que este é um dia de luta, que surgiu marcado pela intransigência, violência e truculência contra a classe trabalhadora. Seguimos na luta”, enfatiza a presidenta da Central Única dos Trabalhadores do Paraná, Regina Cruz.
Já em Santa Catarina a manifestação do Dia Internacional do Trabalhador foi adiada para coincidir com a IV Marcha dos Catarinenses, uma tradicional atividade da CMS (Coordenação dos Movimentos Sociais), que neste ano terá a temática “políticas públicas de qualidade, com segurança, saúde e educação para todos(as)”. Será no dia 08 de maio, com concentração a partir das 14h, na Praça Tancredo Neves, em frente Assembleia Legislativa de Santa Catarina – ALESC (Palácio Barriga Verde – Rua Doutor Jorge Luz Fontes, 310 – Florianópolis/SC). A expectativa é reunir 4 mil trabalhadores(as) da capital catarinense e também do interior.
Dia de Luto!
O Dia Internacional do Trabalhador foi criado em 1889, por um Congresso Socialista realizado em Paris. A data foi escolhida em homenagem à greve geral, que aconteceu em 1º de maio de 1886, em Chicago, o principal centro industrial dos Estados Unidos naquela época.
Milhares de trabalhadores foram às ruas para protestar contra as condições de trabalho desumanas a que eram submetidos e exigir a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias. Naquele dia, manifestações, passeatas, piquetes e discursos movimentaram a cidade. Mas a repressão ao movimento foi dura: houve prisões, feridos e até mesmo mortos nos confrontos entre os operários e a polícia.
Em memória dos mártires de Chicago, das reivindicações operárias que nesta cidade se desenvolveram em 1886 e por tudo o que esse dia significou na luta dos trabalhadores pelos seus direitos, servindo de exemplo para o mundo todo, o dia 1º de maio foi instituído como o Dia Internacional do Trabalhador.