65 anos de resistência: Futuro da Petrobrás será decidido nas urnas

Aniversário da empresa foi marcado por manifestações em várias unidades.

Pelo país afora, os petroleiros realizaram atos em defesa da Petrobrás neste 03 de outubro, quando a empresa completa  65 anos de existência. Uma trajetória marcada por enfrentamentos, resistências, competência e dedicação dos trabalhadores e trabalhadoras, que transformaram a estatal brasileira em uma das mais importantes petrolíferas do mundo.

“São 65 anos de uma história muito bonita, uma história de resistência, desde o seu processo de criação, com a grande campanha o petróleo é nosso, passando por várias tentativas de privatização, que contaram com a resistência do povo brasileiro e dos seus trabalhadores”, ressaltou o coordenador licenciado da FUP, José Maria Rangel, durante ato realizado pela manhã na Refinaria Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.

“Mesmo antes de sua criação, a Petrobrás já era motivo de disputa”, afirmou o petroleiro, lembrando que o decreto de criação da empresa, assinado em 03 de outubro de 1953 por Getúlio Vargas, foi central na crise política que levou ao suicídio do presidente, menos de um ano depois. “Estamos falando de uma empresa que ainda não existia, que não tinha descoberto a Bacia de campos, que não tinha descoberto o pré-sal, que ainda não era esse importante instrumento de desenvolvimento do país”, ressaltou José Maria. “Passados 65 anos, a Petrobrás está novamente no centro da disputa política”, afirmou.

O coordenador licenciado da FUP lembrou que “todos aqueles que se opuseram à Petrobrás, sempre se posicionaram a favor da privatização da empresa, inclusive o candidato que hoje é líder nas pesquisas e flerta com o fascismo”, declarou, referindo-se a Jair Bolsonaro. “Ele já deixou claro que o caminho que quer trilhar é o da privatização da Petrobrás e de todas as estatais”, destacou.

“O momento atual deve servir de reflexão para todos nós. Temos a obrigação de saber o que está em jogo. Ou vamos escolher um governante que pensa o Brasil para todos, ou um governante que pensa o Brasil para poucos”, frisou José Maria, lembrando que 75% do petróleo do pré-sal leiloado já estão nas mãos das multinacionais. “Se fizeram tudo o que fizeram através de um golpe, imagine do que serão capazes se forem legitimados nas urnas”, questionou. “Basta olhar o que está acontecendo na Argentina, país que está pedindo socorro ao FMI”, retrucou.

“Estamos a quatro dias da eleição mais importante da história do país desde a redemocratização. Eleição que vai definir o futuro do Brasil pelos próximos 30 anos. Nós petroleiros, que sempre fomos linha de frente na defesa da democracia e da soberania, não podemos nos omitir. O que está em jogo nesta eleição é o caminho que queremos traçar para o país: civilização ou barbárie?”.

“A Petrobrás só é o que é graças aos trabalhadores. Superamos, resistimos e vencemos todos os desafios que nos foram colocados. Sempre estivemos na luta e mais um capítulo da luta se dará no dia 07”, afirmou José Maria, referindo-se ao primeiro turno da eleição.

[FUP]