Após uma profunda análise de conjuntura e muito debate, os petroleiros e petroquímicos do PR e SC encerram o 8° Congresso Regional Unificado com propostas para a atuação sindical no próximo período.
Realizado integralmente de forma virtual, o 8º Congresso Regional Unificado dos Petroleiros e Petroquímicos do Paraná e Santa Catarina, refletiu coletivamente sobre a atuação sindical e as estratégias para barrar as privatizações e o desmonte do país.
Com o tema “Energia para construir o Brasil que queremos” o Congresso teve início na quarta-feira (07/07), com uma live de abertura que reuniu diversas lideranças dos movimentos sociais, além de parlamentares.
Em seguida, foi realizado uma mesa de debate sobre a comunicação. A atividade apontou para a importância da militância digital, além do enfrentamento ideológico com a extrema direita aliado ao combate das Fakes News. Na conversa, foi ressaltada a necessidade de utilizar a inteligência artificial para otimizar o uso das redes e alcançar o maior número de pessoas.
Na quinta-feira (08) os participantes tiveram duas mesas de debate. A primeira tinha como tema o “Trabalho e sindicalismo – Pejotização e uberização, trabalho remoto”; e a outra a “Terceirização”. Nas duas, a categoria reforçou a necessidade de lutar contra a retirada de direitos trabalhistas e a importância da consciência de classe.
Na sexta-feira (09/07) os trabalhadores foram divididos em 5 grupos para debaterem o modelo energético; as mudanças no mundo do trabalho; o modelo negocial; a saúde, meio ambiente e segurança do trabalho; e a AMS. Cada um dos grupos discutiu e aprovou proposições para serem defendidas ou realizadas pelos sindicatos, além de encaminhadas para a IX Plenária da Federação Única dos Petroleiros.
Após os grupos de trabalho, os participantes foram direcionados para a plenária final. Lá, eles apreciaram as resoluções elaboradas nos grupos, elegeram os delegados para a IX Plenária Nacional da FUP e aprovaram as moções escritas pelos trabalhadores. As moções são sobre a excessiva carga de trabalho das mulheres durante a pandemia; a cobrança de pesquisas para a vacinação de crianças (menores de 12 anos) contra a Covid-19, além de ampla vacinação em gestantes, puérperas, lactantes e os grupos afetados pelas novas variantes; moção em defesa dos povos indígenas, que estão sendo atacados pela PL 490 (projeto para alterar a demarcação das terras indígenas); moção do Sindiquímica-PR em agradecimento a categoria petroleira, aos sindicatos e a FUP pelo apoio prestado no ano passado contra a hibernação da Fafen-PR, além da ajuda da FUP para a manutenção do Sindiquímica-PR; repúdio a diretoria da Ansa e da Petrobrás pela forma como está conduzindo o acordo firmado no TST, que diz respeito a Petros, Plano de Saúde e outros direitos conquistados; e a moção de repúdio a criação da APS em detrimento a AMS.
Ao final da atividade, o presidente do Sindipetro PR e SC, Alexandro Guilherme Jorge e o presidente do Sindiquímica PR, Santiago da Silva Santos, agradeceram a participação de todos e a disposição para as lutas mesmo diante das atuais dificuldades. “Em alguns momentos a gente falou de vacina, dos camaradas que perdemos nesse processo, muita gente perdeu familiares e amigos. Então, são tempos difíceis com o Bolsonaro na presidência. É um sucesso a gente fazer um evento assim e as pessoas se colocarem pra estar aqui, por quatro dias, contando com a live de pré-abertura da semana passada. As proposições, moções e as discussões que tivemos aqui, mostram que vale a pena a gente seguir organizado, construindo. Tenho certeza que seremos muito bem representados pela delegação do Paraná e Santa Catarina no Plenafup e certamente vamos ajudar o coletivo nacional a construir caminhos e pensar o futuro da nossa categoria”, disse Alexandro antes de declarar encerrado o 8º Congresso Regional Unificado dos Petroleiros e Petroquímicos do PR e SC.