PLR 2010

Direção Sindical orienta rejeição da proposta para quitação da PLR 2010

Com “surbônus” não tem acordo! Esta foi a palavra de ordem na reunião da Diretoria Colegiada do Sindipetro Paraná e Santa Catarina, que aconteceu durante todo o dia de hoje (17), na sede da entidade, em Curitiba. Ficou definido que a Direção vai orientar a rejeição da nova proposta da Petrobrás para a quitação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) 2010 nas assembleias.

Na noite de terça-feira (16), a Gerência de Recursos Humanos da Petrobrás encaminhou à FUP e sindicatos uma resposta para cada uma das reivindicações (confira abaixo). O engodo foi percebido no item “Pagamento de bônus”, onde a empresa afirma que não utilizará verba de PLR pra pagamento de bônus e concorda em apresentar à assessoria técnica da FUP (Dieese) todas as informações necessárias para comprovar essa afirmação.

O problema é que a Petrobrás não nega, em momento algum, o pagamento do “surbônus”, apenas altera a fonte da renda. Para a Direção do Sindipetro, trata-se de um ponto crucial na Campanha da PLR 2010. O pagamento do bônus aos “amigos do rei” reforça a competição predatória dentro da empresa, coloca em risco a coletividade, marca registrada da categoria petroleira, e incentiva o individualismo, característico do capitalismo.

Pagar o bônus também significa acirrar a disputa entre Capital e Trabalho na Petrobrás, já que desde o início das discussões sobre a quitação da PLR 2010, a palavra de ordem da categoria, liderada pela FUP, foi “Com Surbônus Não Tem Acordo!” E o Sindipetro Paraná e Santa Catarina continua firme com suas convicções e tradições ideológicas. A assembleia é a instância máxima de decisão da categoria e a maioria simples é que define, mas a Direção Sindical, como reza a própria etimologia do termo, é quem deve nortear os debates. Portanto, a orientação nas assembleias será pela rejeição da proposta.

Avalie a resposta da empresa para cada uma das reivindicações encaminhadas pela FUP e sindicatos na última sexta-feira:

• Regramento da PLR – a empresa se compromete a apresentar em até 30 dias uma proposta dentro dos parâmetros legais e orientações do DEST (Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais).
• Reabertura do PCAC – a empresa concorda em reabrir a discussão com a FUP e seus sindicatos de pontos específicos do plano de cargos e salários.
• Pagamento de bônus – a empresa afirma que não utilizará verba da PLR para pagamento de bônus e concorda em apresentar à assessoria técnica da FUP (Dieese) todas as informações necessárias para comprovar essa afirmação.
• Pagamento dos dias e horas parados – a empresa não respondeu a reivindicação da FUP e dos Sindicatos.

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