Mobilização máxima para recompor o efetivo e garantir a segurança
Foi desta forma que os petroleiros da Repar iniciaram as mobilizações pelo aumento do efetivo próprio como forma de garantir a segurança no parque industrial. Os trabalhadores realizaram na manhã desta terça-feira (13) um atraso de duas horas na entrada do turno e administrativo.
Durante o protesto, eles marcharam até a frente da Refinaria, onde entregaram a contra-proposta da categoria para a recomposição do efetivo ao gerente de recursos humanos da Repar, Juarez Casnok.
Resultado das reuniões e assembleias setorizadas nas tendas armadas pelo Sindicato em frente à Refinaria, a contra-proposta traduz em números o anseio da categoria por segurança e qualidade nos serviços. A campanha do efetivo teve expressiva participação da categoria. Ao todo, 329 petroleiros estiveram presentes nas assembleias para discutiram a questão do efetivo, o que representou quase a totalidade dos trabalhadores dos setores envolvidos.
O atraso e a marcha foram só o começo da mobilização. A partir de agora está deflagrada por tempo indeterminado a “Operação Segura”, estratégia sindical que consiste em aplicar com rigor os procedimentos com segurança. O movimento só será suspenso quando os gestores da Repar reabrirem a mesa de negociação do efetivo e debaterem com base nos números apresentados pelos trabalhadores.
Para Gabrielle, a culpa dos acidentes é dos trabalhadores
Durante o Fórum Nacional de Práticas de SMS, o presidente da Companhia, José Sergio Gabrielle, realizado no dia 06/09, tentou isentar a gestão das responsabilidades sobre as mortes e acidentes na Petrobrás e jogou a culpa nas costas dos trabalhadores. “A cultura de segurança industrial deve ser preventiva e não punitiva, por isso é preciso maior disciplina operacional”, disse Gabrielle.
Tal declaração deixa claro o posicionamento da empresa quanto à segurança industrial e motiva a luta pela recomposição do efetivo. Ato inseguro é operar com número de trabalhadores reduzido.