Mobilização do efetivo na Repar ganha destaque no Rio Grande do Sul

 

Os trabalhadores da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) e a Diretoria do Sindipetro PR/SC, após um grande trabalho para avaliar a real necessidade de efetivo da Refinaria do Paraná, confirmaram a falta expressiva de pessoas para garantir a segurança das plantas industriais e, principalmente, dos próprios trabalhadores. 

Agora, seguindo decisão de assembleia, realizada no dia 29 de setembro, mobilizam-se para garantir a admissão de mais trabalhadores, intensificando as manifestações, iniciadas no último dia 13, com a Operação Segura, cuja operacionalidade consiste no respeito rígido aos procedimentos de segurança.

O movimento evoluiu com a deflagração da Operação Permissão de Trabalho (PT) Única na segunda-feira (26), uma espécie de operação tartaruga, na qual os petroleiros liberam apenas uma PT por vez, de acordo com a urgência do serviço. Na assembleia, a categoria decidiu pela estratégia de greve surpresa. Paralisações acontecerão a qualquer momento, em dia e horário a serem definidos pela Direção do Sindipetro Paraná e Santa Catarina.  O movimento também pode se tornar uma greve por tempo indeterminado. 

 

EFETIVO TAMBÉM É PROBLEMA ANTIGO NA REFAP! 

Iniciamos na última quarta-feira, 28 de setembro, a discussão sobre as condições no ambiente de trabalho, estrutura e efetivo para partida e operação da nova Unidade de Hidrodessulfurização da Nafta Craqueada – UHDS. 

Com a participação da grande maioria dos operadores que acompanham o processo de construção e montagem, verificamos a maneira IRRESPONSÁVEL como as Gerências do Craqueamento e da Refap vêm tratando o processo de partida da nova unidade. 

Pudemos identificar, em uma primeira observação, os seguintes problemas:

– baixo efetivo;

– pessoal com pouca experiência, tendo dificuldade em identificar as reais condições de segurança, bem como, por vezes, em impedir a realização de tarefas em condições inseguras;

– falta de vestiários ou vestiários em condições insalubres e inseguras;

– falta de local adequado para o pessoal de operação estudar manuais de operação e procedimentos;

– sistemático deslocamento de operadores que estão na UHDS para ajudar em paradas e partidas das U-03, U-300, UGH e URE; em virtude de falta de pessoal no Craqueamento e das sucessivas paradas.

Estas são apenas algumas das situações relatadas e que expõe as dificuldades dos trabalhadores, que deveriam já estar aptos a trabalhar na partida da nova Unidade, visto que esta encontra-se em processo de verificação de malhas, lavagem de linhas e comicionamento final para entrega à operação, considerando a intenção da Diretoria da Refap em partir a unidade até 20 de fevereiro próximo.

Lembramos que esta foi apenas uma conversa inicial com os operadores e que faremos, na próxima semana, o chamamento dos setores de manutenção, que serão fortemente demandados neste processo e, que certamente, JÁ ESTÃO EXTREMAMENTE SUB-DIMENSIONADOS para o atual “tamanho” da Refap.   

Agendamos uma reunião com a Gerente Corporativa, a fim de iniciarmos a discussão sobre o acompanhamento, pela Diretoria do Sindicato, do processo de partida da nova Unidade para esta terça-feira, 4 de outubro, às 14h.  

Manifestamos, novamente, nosso total apoio aos Companheiros da Repar e, desde já, ressaltamos que na partida das novas Unidades da Refap, caso não haja debate com os trabalhadores e Sindicato sobre as condições de trabalho e efetivo, os trabalhadores demonstrarão sua força e capacidade em organizar-se para impedir a partida em condições inseguras.

Imprensa Sindipetro RS