FUP e Petrobrás iniciam Grupo de Trabalho para discutir práticas de SMS que defendam a vida

Representantes da FUP e da Petrobrás realizaram nesta segunda-feira (19) a primeira reunião do Grupo de Trabalho Paritário criado para dar desdobramen

Representantes da FUP e da Petrobrás realizaram nesta segunda-feira (19) a primeira reunião do Grupo de Trabalho Paritário criado para dar desdobramento ao Fórum Nacional de Práticas de SMS, realizado no dia 06 de setembro, onde os trabalhadores apresentaram ao presidente e à diretoria executiva da empresa propostas para uma política de segurança que defenda a vida. Nessa primeira reunião do GT, a Petrobrás apresentou à FUP um diagnóstico das atuais práticas de SMS, baseado em uma auditoria feita pela empresa em parte das unidades do Abastecimento, E&P, Engenharia, Compartilhado e Gás e Energia. Foram discutidos os dados de subnotificação e de acidentes com mortes, bem como propostas para impedir novas ocorrências. Na próximas reuniões, serão abordas as informações propostas relativas aos ASOs e às CIPAs.

O levantamento feito pela Petrobrás apurou informações referentes a um terço de todas as áreas operacionais da empresa. Duas outras auditorias serão realizadas em abril e agosto de 2012, respectivamente, cobrindo todas as unidades operacionais. O levantamento preliminar feito pela Petrobrás confirma as denúncias da FUP e dos sindicatos de que há um alto grau de subnotificações de acidentes na empresa, principalmente os com afastamento. A situação é ainda pior quando se trata das prestadoras de serviço. Os dados apurados pela Petrobrás apontam que parte da subnotificação é fruto de distorções na classificação dos acidentes e inconsistência nas informações de registros.

A FUP ressaltou que a subnotificação, além de ilegal, tem maquiado informações fundamentais para evitar novos acidentes e impedir as centenas de mortes de trabalhadores que ocorreram nos últimos anos. Daí a importância da categoria ter garantido na campanha reivindicatória a retirada do TFCA dos indicadores corporativos da empresa. A FUP cobrou da Petrobrás a metodologia utilizada na auditoria, seus conceitos para classificação de acidentes e incidentes, além de explicações sobre como se dá o processo de emissão das CATs, desde o acidente até a sua devida comunicação ao INSS e aos sindicatos. A empresa encaminhará à FUP essas informações para que os trabalhadores possam avaliar criteriosamente os dados da auditoria e as propostas apresentadas. Uma nova reunião do GT será realizada no dia 06 de fevereiro.

 

Imprensa da FUP