“Quem não se movimenta, não sente as correntes que o prendem”. A frase da revolucionária Rosa Luxemburgo (1871 – 1919), teórica marxista de origem pol
“Quem não se movimenta, não sente as correntes que o prendem”. A frase da revolucionária Rosa Luxemburgo (1871 – 1919), teórica marxista de origem polonesa responsável pela fundação de partidos comunistas em seu país e também na Alemanha, ilustrou o panfleto distribuído no dia 8 de março às mulheres petroleiras. Uma singela homenagem do Sindipetro Paraná e Santa Catarina pela passagem do Dia Internacional da Mulher.
A ação promovida pelo Sindicato resgata o verdadeiro significado do 8 de março, deturpado ao longo dos anos pela lógica mercadológica neoliberal. Trata-se de uma data de luta e luto pelas mulheres que tombaram em combate por uma vida mais digna e igualitária. A comemoração da data de luta é antiga e contou com a força de inúmeras mulheres que nos vários momentos da história da humanidade resistiram ao machismo e à discriminação.
A origem do 8 de março surgiu das manifestações pela redução da jornada de trabalho. Tecelãs da Fábrica de Tecidos Cotton, em Nova Iorque, cruzaram os braços e paralisaram os trabalhos pelo direito a uma jornada de 10 horas, na primeira greve norte-americana conduzida unicamente por mulheres. Violentamente reprimidas pela polícia, as operárias, acuadas, refugiaram-se nas dependências da fábrica. No dia 8 de março de 1857, os patrões e a polícia trancaram as portas da fábrica e atearam fogo. Tal brutalidade resultou na morte por carbonização de mais de cem mulheres.
Durante a II Conferência Internacional de Mulheres, realizada em 1910 na Dinamarca, Clara Zetkin, ativista feminista alemã, propôs que o 8 de março fosse declarado como o Dia Internacional da Mulher, homenageando as tecelãs de Nova Iorque. Em 1911, mais de um milhão de mulheres se manifestaram na Europa. A partir daí a data começou a ser comemorada no mundo inteiro.