Milhares de trabalhadores e trabalhadoras foram às ruas nesta terça-feira (1) para comemorar o 1º de Maio e reforçar as lutas dos trabalhadores. A Cen
Milhares de trabalhadores e trabalhadoras foram às ruas nesta terça-feira (1) para comemorar o 1º de Maio e reforçar as lutas da classe operária. A Central Única dos Trabalhadores do Paraná (CUT-PR) promoveu diversas passeatas e atos em várias regiões do Estado. Curitiba, Ponta Grossa, Maringá, Umuarama, Londrina, Castro, Cruzeiro D’oeste são algumas das cidades onde as manifestações tiveram participação da central.
“Este é um dia para lembrarmos e fazermos uma reflexão acerca dos trabalhadores e do mundo do trabalho. Estamos trabalhando para viver ou vivendo para trabalhar? Quando chegamos à segunda alternativa é que começam os problemas, inclusive de saúde, que já atingem milhares trabalhadores e trabalhadoras em nosso País”, enfatizou o presidente da CUT-PR, Roni Barbosa, durante a abertura dos atos em Curitiba.
De acordo com ele diversas doenças ocorrem em função das atividades laborais, inclusive o câncer. “São 25 mil casos por ano desta doença e que tem ligações diretas com o trabalho, como a exposição a poeira e produtos químicos”, explicou. Para ele, as empresas, além de não notificarem estes casos, eximem-se dos custos financeiros que são pagos pela própria população. “Primeiro com o tratamento pelo SUS e depois, em casos mais graves, com aposentadoria precoce pelo INSS. Enquanto isso, as empresas não gastam nada e o povo é quem sustenta este tipo sistema”, argumentou.
Na capital a manifestação foi organizada pela Central, em parceria com os movimentos sociais, como a Pastoral Operária e Movimento dos Sem Terra (MST), e sindicatos, inclusive o Sindipetro Paraná e Santa Catarina. Entre as pautas levantadas durante o movimento estavam a saúde do trabalhador, a Copa do Mundo de 2014, Segurança Pública, Educação e a Reforma Agrária.
“A cada Família assentada estimamos que três empregos diretos são gerados. Agora imagine o que seria possível fazer caso as quatro milhões de famílias que aguardam terra tivessem seu local para viver”, argumenta um dos coordenadores estaduais do MST no Paraná, Ramon Brizola. O coordenador da Pastoral Operária, Jardel Neves Nopes, reforçou a importância dos temas pautados para a data. “É preciso reduzir a jornada de trabalho para gerar mais saúde e qualidade de vida para trabalhadores e trabalhadoras”, completou.
O evento teve início na Capela Nossa Senhora de Aparecida, no Guabirotuba e seguiu por diversas ruas até chegar ao Teatro Paiol. Durante o caminho diversas paradas para discutir os temas relevantes ao assunto. Os estudantes, por exemplo, organizaram um ato sobre o passe livre, enquanto o Fórum da Copa do Mundo ironizou a disputa de forças entre a FIFA e seus aliados contra os interesses do povo, simulando uma partida de futebol em condições desiguais.
Paralelamente, a CUT coletava votos para o Plebiscito pelo Fim do Imposto Sindical. Urnas foram colocadas no pátio da capela e também foram levadas durante toda a caminhada. “A CUT já nasceu contra este imposto que privilegia alguns sindicatos que não defendem o interesse dos trabalhadores e trabalhadoras de fato. Não há sequer escolha. Somos contra e novamente reiteramos este posicionamento”, completou Roni Barbosa.
Também acompanharam a atividade o deputado Tadeu Veneri e os vereadores Pedro Paulo e Professora Josete, além de lideranças da comunidade da Vila das Torres.