Não é novidade para ninguém! Todos os dias são percebidos incidentes e desvios dentro do Sistema Petrobrás que, infelizmente, ganham proporções maiore
Não é novidade para ninguém! Todos os dias são percebidos incidentes e desvios dentro do Sistema Petrobrás que, infelizmente, ganham proporções maiores e se transformam em acidentes de trabalho. As consequências vão desde a sorte de não ocorrer vítimas, passando por pequenas lesões e até ferimentos graves e mortes.
O Sindipetro Paraná e Santa Catarina tem posição inflexível sobre o tema: acidentes são eventos socialmente construídos e que são perfeitamente evitáveis com a implantação de ações rígidas em relação à segurança dos trabalhadores.
Se um acidente de trabalho é algo muito ruim, pior ainda é a omissão deles por parte da empresa. E é no mar afora onde a companhia encontra o cenário ideal para jogá-los para debaixo do tapete, principalmente quando envolvem funcionários terceirizados.
Essa ausência de comunicação dos acidentes causa dificuldades na ação sindical. Na Unidade Operacional de Exploração e Produção Sul (UO-SUL) a Petrobrás deixa de comunicar acidentes ocorridos na plataforma SS-11, que opera nos campos de Tiro e Sídon, e em sondas de forma sistêmica. O objetivo é justamente impedir ações sindicais. A sonda P-16, que opera no desenvolvimento dos poços da UO-SUL, está interditada pelo Ministério Público devido a denúncias internas. Houve um incêndio a bordo e nada foi relatado ao sindicato. Muitos outros acidentes devem ser omitidos pela empresa.
O Sindicato pleiteia junto à gerência de SMS da UO-SUL a participação nas reuniões da CIPA a bordo como estratégia de ação sindical. Lutar por condições seguras de trabalho nas embarcações é o objetivo para evitar mais acidentes na Unidade.
Acordo Coletivo, Pauta Local e a UO-Sul
Com a evolução de Unidade de Negócio para Operacional, a princípio, esperava-se uma maior autonomia quanto à infraestrutura e gestão, porém, na prática, o novo status da UO-SUL não saiu do papel, ou seja, não houve até o momento os correspondentes e necessários investimentos que garantam uma maior independência. Tal situação colocou no limbo o tratamento da pauta local garantido em Acordo Coletivo em sua Cláusula 151ª – Reuniões Regionais Periódicas: A Companhia realizará reuniões periódicas entre as Gerências das Unidades e os respectivos Sindicatos, em datas previamente negociadas, com o objetivo de tratar de questões locais, de interesse comum. Pois não há no local representante do RH e a UO-Santos tem ignorado as solicitações de reunião com o Sindicato, ninguém quer assumir a responsabilidade, e, diante deste total descaso, o nosso próximo passo será levar esta cobrança à Comissão de Acompanhamento de ACT da Petrobras.