Esta sexta-feira (27) é Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho. A data foi instituída, após o Brasil tornar-se em 1972 o primeiro país a t
Esta sexta-feira (27) é Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho. A data foi instituída, após o Brasil tornar-se em 1972 o primeiro país a ter um serviço obrigatório de segurança e medicina do trabalho em empresas com mais de 100 trabalhadores. Através das portarias 3.236 e 3.237, publicadas em 27 de julho de 1972, o Brasil regulamentou a formação técnica em Segurança e Medicina do Trabalho, atualizando o artigo 164 da CLT.
Apesar de termos sido protagonistas de uma conquista tão importante, nosso país, no entanto, hoje lidera o ranking mundial dos acidentes de trabalho. Segundo o último levantamento da Previdência Social (publicado em 2009, com dados referentes somente a trabalhadores legalmente registrados), o Brasil registra uma média de sete mortes de trabalhadores por dia, em função de acidentes de trabalho. Foram 723 mil acidentes registrados em 2009, os quais resultaram em 2,5 mil mortes. Dados alarmantes, que são muito mais assustadores do que registram as estatísticas oficiais.
O Sistema Petrobrás é reflexo dessa triste realidade. Desde 1995, já perdemos 315 companheiros de trabalho em acidentes na empresa, dos quais 255 eram terceirizados. Só este ano, tivemos até agora 04 mortes na Petrobrás, todas com trabalhadores terceirizados. No ano passado, foram 16 óbitos, dos quais 14 com terceirizados. A FUP segue firme em sua luta junto com os sindicatos por um ambiente de trabalho seguro e saudável, mas os gestores da Petrobrás, lamentavelmente, insistem em uma política de SMS autoritária e reacionária, onde ainda imperam as subnotificações de acidentes, as condições precárias de trabalho, a negligência e irresponsabilidade dos gerentes com a saúde do trabalhador, o vale tudo para manter e aumentar a produção a qualquer custo. Quantas mortes, amputações e doenças crônicas serão necessárias para que os gestores da Petrobrás entendam que a vida deve estar sempre em primeiro lugar?
Imprensa da FUP