O Coletivo Nacional de Petroleiras da FUP reuniu-se no final da tarde desta terça-feira, 03, com a presidenta da Petrobrás, Maria das Graças Foster, para apresentar as principais reivindicações relacionadas à saúde de trabalhadores e trabalhadoras, combate aos assédios moral e sexual e demais violências contra a mulher e preservação familiar. A reunião contou com a participação de dirigentes da FUP e de assessores da presidenta.
Graça Foster se mostrou receptiva às reivindicações e se reconheceu em muitos dos temas abordados, citando exemplos vivenciados ao longo de sua carreira. O Coletivo de Petroleiras e os dirigentes da FUP ressaltaram que a melhoria das condições de trabalho e saúde da mulher é bandeira da campanha reivindicatória e cobraram empenho da direção da Petrobrás para que as negociações avancem no atendimento destas e das demais reivindicações dos trabalhadores.
A reunião da presidenta da Petrobrás com o Coletivo foi um compromisso assumido pessoalmente por ela durante o I Encontro Nacional de Petroleiras Fupistas, em abril deste ano, que contou com a presença de trabalhadoras de vários estados do país.
Principais reivindicações apresentadas pelo Coletivo de Petroleiras Fupistas:
· Ampliação do benefício creche e do Programa de Assistência Especial (PAE).
· Implementação do Programa de Atendimento e Suporte aos Pacientes Idosos.
· Avanços nas licenças maternidade, paternidade e de adoção.
· Abono das horas relativas às consultas médicas e também ao acompanhamento de idosos e dependentes ao serviços de saúde.
· Preservação das necessidades familiares na mobilidade interna dos trabalhadores.
· Instalações de banheiros, vestiários, dormitórios e outras instalações específicas para as mulheres em todas as unidades do Sistema Petrobrás, independentemente, da presença ou não de trabalhadoras na área.
· Adequação de uniformes e EPIs para uso exclusivo feminino.
· Inclusão de densitometria óssea nos exames periódicos.
· Garantia do direito à amamentação por tempo indeterminado, fora do ambiente insalubre, sem prejuízos financeiros à trabalhadora, bem como a criação de salas apropriadas para a coleta do leite materno.
· Medidas de prevenção, combate e tratamento dos trabalhadores vítimas de assédio moral, através da inclusão de palestras sobre o tema para todos os trabalhadores e especificamente para as chefias e gerências; implantação de um canal de denúncias e de uma comissão paritária para investigação e tratamento dos casos denunciados; registro em CAT e acompanhamento psicológico das vítimas de assédio.
· Combate ao assédio sexual e à violência contra a mulher.
Para finalizar as representantes do Coletivo apontaram a necessidade do cumprimento das ações previstas no Selo de Pró Equidade de Gênero e Raça, da qual a Petrobrás é signatária, e cobraram participação no Comitê que integra o programa. A presidenta da empresa se comprometeu em buscar informações e se empenhar pessoalmente para atender à demanda.
Fonte: FUP