Petroleiros do Terminal Terrestre de Guaramirim fizeram a maior mobilização nas bases do Paraná e Santa Catarina neste dia 03 e se preparam para greve na Transpetro. Enrolação nas negociações do ACT e problemas crônicos na AMS são as razões da indignação coletiva.
A paralisação quase que por completa do Terminal Transpetro Terrestre de Guaramirim (Temirim), em Santa Catarina, durante 24 horas nesta quinta-feira (03) foi apenas um aviso do que está por vir. O sentimento dos petroleiros catarinenses é de revolta coletiva, principalmente porque os problemas relativos à Assistência Médica Suplementar (AMS) se arrastam ao longo dos anos e há descaso da empresa quanto às reivindicações de melhoria do plano. Compromissos assumidos em mesa de negociação com o Sindicato são empurrados com a barriga e as medidas, quando tomadas, além de demoradas são meramente paliativas.
As queixas sobre a AMS são velhas conhecidas da categoria em Santa Catarina. Pouquíssimos profissionais e clínicas credenciadas, péssimos atendimentos na rede conveniada e reembolsos insuficientes e demasiadamente demorados, entre outros.
Adicione a enrolação da Petrobrás nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), o leilão do pré-sal e o Projeto de Lei 4330, que escancara as terceirizações no país, e se cria o ambiente propício para uma greve nos Terminais Transpetro de Santa Catarina.
O movimento paredista foi aprovado nas últimas assembleias, realizadas de 24 a 30 de setembro, e deve começar a partir do dia 21 de outubro. “Chega de ficar mandando avisos à empresa e não ter a devida resposta. Os ânimos estão acirrados e a nossa expectativa é de adesão completa ao movimento. Trabalhadores de diferentes cargos e idades estão fartos com o desrespeito da empresa. Por isso o movimento será intenso”, afirmou um petroleiro da base do Temirim.