Os graves problemas de segurança e saúde na refinaria levaram os trabalhadores a debaterem e construírem uma pauta de reivindicações em assembleias. Foram elencados 17 itens considerados fundamentais para melhorar as condições de trabalho e garantir a segurança.
Aumento do número de empregados próprios, recuperação da unidade atingida de acordo com relatórios sobre as condições de segurança sob a percepção dos trabalhadores da operação e da manutenção, cumprimento das normativas sobre cursos de capacitação e integração dos funcionários contratados para o reestabelecimento da Unidade com a empresa, cumprimento das recomendações de inspeção de equipamentos e o acompanhamento rigoroso da saúde dos trabalhadores envolvidos na emergência e também dos que atuaram na limpeza da U2100 são alguns dos pontos da pauta.
O documento com as reivindicações foi encaminhado à direção da Repar no dia 10 e a negociação com os representantes do Sindicato aconteceu no dia seguinte. Os gestores pediram um prazo de 24 horas para dar uma resposta aos sindicalistas. Porém, o retorno ficou muito aquém das expectativas. Os únicos pontos atendidos foram a elaboração de relatório contendo as condições de segurança para da Unidade e o cumprimento das recomendações de inspeção de equipamentos, que até o fechamento deste jornal a empresa se negava em assinar.
A resposta da pauta por parte da empresa foi motivo de novas assembleias, promovidas entre ontem e hoje (12 e 13/12), que por grande maioria rejeitaram a proposta apresentada, reafirmaram a greve e deliberaram por realizar atrasos de uma hora a cada troca de turno e horário administrativo. Além disso, os trabalhadores realizarão a ‘Operação Salvaguarda’, que consiste no cumprimento rigoroso das normas de segurança e restrição de liberações de PTs. Essa mobilização pode tomar patamares maiores a qualquer momento. O retorno da U2100 pode ficar comprometido se a categoria identificar condições inseguras.