Dirigentes do Sindipetro participaram da assembleia dos educadores da rede de ensino público do Paraná, realizada na manhã desta segunda-feira (09), no estádio Durival de Britto e Silva (Vila Capanema – Paraná Clube), com a presença de mais de 15 mil professores e funcionários de escola.
O objetivo foi convocar a categoria dos educadores para o grande ato do dia 13 de março, próxima sexta-feira, que tem como bandeiras a defesa da Petrobrás, da democracia e dos direitos trabalhistas; pela reforma política democrática; e em defesa dos recursos do pré-sal para o financiamento da educação pública. A manifestação será a partir das 17 horas, na Praça Santos Andrade, em Curitiba.
Durante a gigantesca assembleia, os dirigentes sindicais petroleiros tomaram a palavra para elucidar sobre a campanha difamatória contra a Petrobrás, cuja finalidade é desmoralizar a gestão estatal para abrir caminho à privatização, bem como colocar o pré-sal nas mãos do capital privado.
Uma grande faixa que defende a aplicação dos recursos do pré-sal na educação pública foi estendida no gramado do estádio e um panfleto sobre o ato do dia 13 e a defesa da Petrobrás enquanto luta pela melhoria da educação foi entregue a todos os educadores (confira o panfleto nos anexos ao fim da matéria).
Os professores responderam positivamente à convocação e prometem engrossar o público no ato da próxima sexta.
Fim da greve nas escolas públicas
A assembleia da APP-Sindicato encerrou a maior greve da categoria nos últimos 20 anos. A decisão ocorreu por ampla maioria, já que aproximadamente 95% do público presente na Vila Capanema decidiu pelo fim da paralisação e manutenção do estado de greve.
Com a manutenção do estado de greve a categoria poderá retornar, a qualquer momento, com a paralisação caso a carta de compromissos com a APP-Sindicato assinada pelo Governo do Estado, e avalizada pelo Judiciário, seja descumprida. Vale ressaltar que o documento só foi assinado com a mediação do poder judiciário.
Entre as vitórias obtidas com a histórica greve estão o fim do regime de comissão geral na Assembleia Legislativa, que representava a votação de projetos de interesse público sem a discussão com a sociedade, o pagamento dos atrasados e um cronograma para que as pendências restantes sejam colocadas em dia, o recuo no projeto que pretendia liberar o executivo estadual para colocar a mão nos recursos da previdência dos servidores, entre outras.
Com a suspensão da greve, os professores, professoras, funcionários e funcionárias de escolas seguiram até o Centro Cívico onde realizaram um ato simbólico que colocará fim ao acampamento na Praça Nossa Senhora de Salete, em frente ao Palácio Iguaçu e a Assembleia Legislativa do Paraná. O local tornou-se símbolo da resistência da categoria.