Confira a programação das atividades no Paraná e Santa Catarina
“Proletários, uni-vos”. O histórico chamado de Karl Marx segue mais atual do que nunca, apontando para a classe trabalhadora que a unidade é o único caminho possível de resistência à avalanche conservadora que ameaça o país. Por isso, a CUT, centrais sindicais de esquerda e os principais movimentos sociais do Brasil estarão novamente nas ruas neste Primeiro de Maio, ampliando a luta por direitos e contra o retrocesso, reivindicando reformas, defendendo a democracia e o patrimônio público.
“Fundamentalmente é uma demonstração de luta e de organização com reivindicações claras chamando à batalha os trabalhadores, pois não temos outra saída a não ser defendermos de maneira unificada nossos direitos”, revela o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas.
Esse Primeiro de Maio acontece em uma conjuntura bem diferente dos últimos anos, com um Congresso Nacional extremamente reacionário e a classe trabalhadora sob ataques sem precedentes. Para se contrapor à onda conservadora, as três centrais sindicais de esquerda – CUT, CTB e Intersindical – realizarão atos unificados e manifestações públicas em diversas capitais do país, com ampla participação dos sindicatos, estudantes, movimentos populares e entidades que lutam por igualdade de direitos.
“Será um marco inicial para unificação da esquerda brasileira, da construção de um bloco da esquerda que leve em conta sindicatos, movimentos sociais e até partidos políticos que tenham em comum a defesa da classe trabalhadora, da liberdade e da democracia. A direita conservadora tentará trazer o retrocesso ao país e conseguirá, se não fizermos o enfrentamento”, alerta o presidente da CUT.
Torneio em São Mateus do Sul
A regional do Sindipetro PR e SC de São Mateus do Sul, em parceria com o Movimento Amigos e Familiares Incentivando a Amizade (MAFIA), vai promover neste 1º de Maio um dia de atividades. Haverá torneio de futebol suíço masculino, vôlei de areia feminino e roda de chimarrão. O evento acontece no Centro Esportivo MAFIA, na Vila Amaral. As inscrições devem ser feitas junto à secretaria da regional sindical pelo telefone (42) 3532.1442.
Programação do 1º de Maio no Paraná
A Central Única dos Trabalhadores do Paraná (CUT-PR) está organizando atos em todas as regiões do Estado para lembrar o Dia do Trabalhador e da Trabalhadora. As atividades acontecerão de norte à sul com diferentes atividades, mas com o mesmo enfoque, o fortalecimento da luta da classe trabalhadora.
Em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, as atividades começam a partir das 8h30 com a programação do Sindicato dos Metalúrgicos da cidade e segue até às 18h. Essa será a 17ª festa promovido pelo MetalUrgente, que já tornou-se tradição na região.
Em Curitiba, a CUT participará da programação desenvolvida em parceria com os movimentos sociais. A concentração será na Rua Primeiro de Maio, esquina com a Linha Verde, na BR 116 a partir das 8h. Depois uma aula pública explicará a origem do 1º de maio para na sequência uma caminhada que será realizada até a Paróquia São Padro Apostolo.
Durante o ato serão lembrados os ataques à Petrobrás, aos direitos dos trabalhadores com o PL 4.330 que escancara as terceirizações, além da defesa da reforma política com fim do financiamento empresarial de campanhas e a defesa da democratização da comunicação.
Em Maringá, na região Noroeste, uma série de atividades estão sendo organizadas. O Sismmar realizará uma atividade na Associação dos Funcionários Municipais de Maringá a partir das 10h. A APP-Sindicato, por sua vez, fará um jantar comemorativo. Outros sindicatos também realizarão ações e atos na cidade.
Em Umuarama, também na região Noroeste, a Regional da CUT promoverá um show com a banda Garrafão, a partir das 20h30 na Praça Santos Dumont.
Na região sudoeste do Estado os agricultores familiares farão uma defesa do projeto de sociedade idealizado pela classe trabalhadora. A pauta específica da categoria também terá destaque.
Em Londrina, será realizada uma vigília com os movimentos sociais nesta quinta-feira (30) no calçadão da cidade das 9h às 18h, quando os trabalhadores seguirão em marcha até a Concha Acústica da cidade. O mote principal serão os ataques aos direitos dos trabalhadores, a defesa da reforma política e a contrariedade com a redução da maioridade penal.
Dia do Trabalhador em Santa Catarina
A Regional Florianópolis da CUT SC, juntamente com os movimentos sindical e social, fará um dia de conscientização dos trabalhadores no sentido de continuar a luta por melhores condições econômicas e sociais. A atividade começa a partir das 13h, no Parque Metropolitano do Monte Cristo, na capital catarinense. Haverá apresentações de bandas, grupos de teatro e recreação para as crianças.
Participe!
Participe dos atos e manifestações do Primeiro de Maio em sua cidade. Some-se aos milhares de trabalhadores brasileiros que estarão nas ruas, lutando por direitos e por reformas. Confira as principais reivindicações:
• Em defesa dos direitos, contra o PL 4330, contra o ajuste fiscal e contra as MPs 664 e 665
• Em defesa da democracia, contra o golpismo e a intolerância
• Pelo combate à corrupção e ao financiamento privado de campanhas eleitorais
• Em defesa da Petrobrás e do pré-sal, patrimônios do povo brasileiro
Se ligue…
Muito mais do que um feriado, o Primeiro de Maio é um dia de luta, que resgata o espírito classista dos trabalhadores em todo o mundo. A história desta data remonta a 1886, quando operários de Chicago (EUA) desencadearam uma greve geral em primeiro de maio cobrando a redução da jornada de trabalho que era superior a 16 horas diárias. A polícia reprimiu violentamente o movimento, ferindo e matando trabalhadores. Os líderes grevistas passaram a ser perseguidos e o movimento de Chicago tornou-se um marco em todo o mundo. Em 1889, a Internacional Socialista transformou o primeiro de maio em dia mundial de luta por direitos e reivindicações da classe trabalhadora. A luta surtiu efeito e, em 1919, a jornada diária de oito horas passou a ser lei na França, que também instituiu o primeiro de maio como feriado nacional. Outros países fizeram o mesmo, inclusive o Brasil, onde a data foi oficializada em 1925. Tentando desvirtuar o sentido classista desse dia, os patrões ainda hoje se utilizam do feriado para reverenciar o trabalho e não o trabalhador.