Conselho de Adminstração da Petrobrás anunciou a venda de 49% da Gaspetro à multinacional japonesa Mitsui por um valor bem abaixo da avaliação de mercado
Pense em um bom negócio! Mesmo assim, é difícil de imaginar um investimento que rende bilhões poder ser totalmente recuperado em apenas 2 anos e 4 meses. Parece difícil de achar no mercado? Não na Petrobras do Aldemir Bendine, conhecido na categoria petroleira como “Vendine”. O presidente da empresa segue com suas as negociatas para desintegrar a estatal e jogar grande parte do seu patrimônio nas mãos do capital privado internacional. Até 2019, o Plano de Negócios e Gestão (PNG) da Direção da Petrobrás pretende vender R$ 57,7 bilhões em ativos e patrimônio.
Na última sexta-feira (23), após a reunião do Conselho de Administração da Petrobrás, foi anunciada a venda de 49% das ações da Gaspetro, subsidiária que tem participações em 19 distribuidoras de gás natural canalizado no país, à multinacional japonesa Mitsui por apenas R$ 1,9 bilhões. No mês passado, a Gaspetro foi avaliada em US$ 1,3 bilhão, ou mais de R$ 5 bilhões, pelos bancos JP Morgan e Brasil Plural.
Considerando que o lucro da subsidiária em 2014 foi de R$ 1,6 bilhão, os japoneses da Mitsui levarão apenas 2 anos e 4 meses para recuperar todo o investimento. Uma pechincha e um baita negócio, para os japoneses. Enquanto isso, os brasileiros veem sua maior empresa, responsável por grande parte do desenvolvimento econômico e social do país, ser desmantelada. O mercado agradece e o povo lamenta.
Para tudo!
A ação judicial impetrada pela assessoria jurídica da FUP, pede a paralisação da venda da Gaspetro, sob pena de uma multa de R$ 1 milhão por dia de descumprimento. Além disso, a ação requer a íntegra de todas as atas do Conselho de Administração da Ré, a partir de 1º de março de 2015; toda a documentação, inclusive estudos prévios, relativa à venda de parte do capital acionário da Gaspetro; e a troca de correspondências empreendida entre a Ré e o Grupo Mitsui, relativa ao tema.
