Gestores da refinaria também chamaram a Polícia Militar para intimidar os petroleiros
Se o Sindicato bloquear qualquer via de acesso à Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), a multa é salgada: R$ 100 mil por dia. Isto é o que está previsto no mandado de liminar de interdito proibitório concedido pela juíza Marli Gonçalves Valeiko, da 1ª Vara do Trabalho de Araucária, em favor da Petrobrás. Porém, o que aconteceu na manhã desta quinta-feira (12), 11º dia de greve, foi justamente o contrário. Os gestores da Repar trancaram os portões da unidade e proibiram os funcionários de entrar para trabalhar. Ainda por cima, acionaram a Polícia Militar para intimidar os trabalhadores.
Para Roni Barbosa, dirigente do Sindipetro PR e SC e secretário nacional de comunicação da CUT, a atitude dos gestores da refinaria é autoritária. “Caracterizou um ato truculento que demonstra que quem está impedindo o acesso à refinaria é a empresa e não o Sindicato. Evidencia a má-fé da Repar na liminar do interdito proibitório contra o Sindipetro”, destacou.
A assessoria jurídica do Sindicato já tomou medidas para coibir a empresa de praticar este tipo de conduta. “Há dois dias interpelamos uma medida cautelar na 1ª Vara do Trabalho de Araucária para que a Justiça determine que a empresa se abstenha de impedir o acesso dos dirigentes sindicais à Repar. É um direito constitucional que também está previsto na Convenção 135 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Também ingressamos com a mesma medida nas demais bases de representação do Sindicato”, informou o advogado Christian Marcello Mañas.
Ainda segundo o Christian, a expectativa é que ainda hoje saia uma decisão em relação ao pedido do Sindicato.