A denúncia que chegou ao Sindicato nesta segunda-feira (30) sobre uma mentira propalada por alguns supervisores da Repar causou indignação e mostra que não existem limites para o mau-caratismo e a má-fé. Alardearam que durante a vistoria das condições de segurança da refinaria, os dirigentes sindicais teriam pedido para colocar os fura-greves na assembleia com o objetivo de aprovar o fim do movimento paredista.
O boato nada mais é que um factoide para retaliar a atuação do Sindicato durante a greve, na qual não poupou críticas aos que se sujeitaram ao contingenciamento para tentar faturar com horas extras e posar de pró-ativo para os gestores, de olho, claro, em algumas letrinhas ou promoção de cargo, ou seja, a recompensa para o truque executado pelo cachorrinho adestrado.
Um grupo de diretores formado pelos companheiros Mário Dal Zot, Leomar Setti, Luciano Zanetti, Alexandro Guilherme Jorge e Tiago Olivetti inspecionou a Repar no dia 15 de novembro para observar as condições de segurança das instalações. Foi percebida uma série de irregularidades procedimentais e as providencias foram tomadas.
A falcatrua desses supervisores fica ainda mais evidente com o fato de que durante a assembleia que aprovou a suspensão da greve os dirigentes sindicais pediram por diversas vezes para que os empregados que não fizeram a greve tivessem bom senso e se abstivessem de votar. A decisão sobre os rumos do movimento deveria caber apenas aos que fizeram a greve.
No entanto, cabe ressaltar que apesar da revolta com tal atitude, o boato não causou surpresa, muito pelo contrário, pois para quem trai seus companheiros de trabalho por causa de dinheiro e promoções, uma mentira é até pouca coisa…