Encontro na Escola Latino Americana de Agroecologia debateu a turbulenta conjuntura política e econômica do país
“O momento é crítico e os movimentos sociais e sindicais têm que ocupar as ruas para impedir o retrocesso que o conservadorismo quer impor ao país”. As palavras do presidente do Sindipetro Paraná e Santa Catarina, Mário Dal Zot, ditas durante o Encontro Estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, conclamam a união das entidades da sociedade civil organizada para lutar contra o golpe que está em andamento no país.
A atividade aconteceu nesta terça-feira (08), na Escola Latino Americana de Agroecologia, no município da Lapa, e contou com a participação de dezenas de trabalhadores rurais, assentados ou não, de todas as regiões do Paraná, além das presenças do membro da coordenação nacional do MST, João Pedro Stédile, do dirigente do Sindiquímica Paraná, Paulo Antunes, e do membro da coordenação estadual do MST, Roberto Baggio, que esteve diariamente na greve dos petroleiros de novembro passado.
As análises de conjuntura mostraram consenso sobre as responsabilidades dos movimentos sociais neste momento crítico da política nacional brasileira. “É nosso dever defender a soberania popular de decisão política, que é a democracia. Não podemos aceitar que a direita brasileira, com histórico tão sujo na política, tome o poder na base do tapetão. Não vai ter golpe!”, afirmou Dal Zot. Para ele, além de barrar o impeachment, a luta também deve ser para colocar o governo nos trilhos do desenvolvimento, com a redução das taxas de juros, retomada dos investimentos da Petrobrás e mudança na política econômica.