A greve na BR Distribuidora entra nesta terça-feira, 16, em seu segundo dia com participação ativa das direções sindicais petroleiras e dos militantes da FUP. O movimento é contra a entrega de 51% das ações da subsidiária ao capital privado e já atinge dez estados do país: RJ, BA, SP, RS, PE, AM, MG, SE, CE e RN.
No Ceará, a adesão dos trabalhadores da BR aconteceu pela manhã. A Unidade de Fortaleza abastece todo o estado, com cerca de 220 caminhões por dia. A maioria dos funcionários próprios aderiu ao movimento grevista, com o apoio do Sindipetro-CE/PI.
No Rio Grande do Norte, os trabalhadores da subsidiária, com o apoio do Sindipetro-RN, deliberaram cruzar os braços, diariamente, durante todo o primeiro expediente. Com isso não há entrega de QAV – Gasolina de Aviação, Óleo Diesel e Gasolina Comum.
Em vários estados, a Petrobrás vem utilizando de truculência para forçar na marra a entrada dos caminhões para abastecimento nas unidades em greve. Em Duque de Caxias, a gerência recorreu à Polícia Militar para tentar demobilizar o movimento, mas a categoria segue firme na luta, junto com as direções da FUP e dos sindicatos petroleiros, que estão atuando lado a lado dos trabalhadores da BR, nos piquetes.
O objetivo é frear a privatização da subsidiária, que é a maior e mais rentável distribuidora de combustíveis do país. A venda da empresa, além de quebrar a integração do Sistema Petrobrás, acelera a doação de ativos estratégicos da estatal ao setor privado. Pedro Parente age rápido, como fez com Carcará, e já sinalizou que as próximas unidades a serem entregues são a Transpetro e as refinarias.O momento, portanto, é grave e exige resistência da categoria.
Fonte: FUP, com informações dos sindicatos