5ª Pedalada Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres acontece neste sábado (10)

A tradicional Pedalada Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres chega em sua quinta edição e acontece em Curitiba neste sábado (10), às 9h, com concentração na Praça Santos Andrade. 

 

“É uma forma lúdica, mas ao mesmo tempo saudável, de levantarmos este problema latente na sociedade. Uma maneira de promovermos o debate sobre a violência contra as mulheres, reunindo as pessoas em torno de um objetivo em comum, com uma ação também cidadã. Ao mesmo tempo também promovemos o Dia Internacional da Não-Violência contra as Mulheres, lembrado em 25 de novembro”, explica a secretária das mulheres da CUT Paraná, Anacélie Azevedo.

 

O trajeto, a exemplo dos anos anteriores, sairá da Praça Santos Andrade até o Parque Barigui.  “Esta data é uma homenagem às irmãs Mirabal, Minerva, Pátria e Maria Tereza, conhecidas como ‘Las Mariposas’, brutalmente assassinadas no dia 25 de novembro de 1960 pelo ditador Rafael Leônidas Trujillo, da República Dominicana”, relata Anacélie.

 

Dados – De acordo com estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS) o Brasil registrou, em 2015, uma taxa de 4,8 assassinatos por 100 mil mulheres. Este índice coloca o País na 5ª posição entre 83 avaliados. “O assassinato de mulheres negras cresceu 54%, dados de 2003 a 2013. Nessa década também foi registrado um aumento de 190,9% na vitimização de negras, índice que resulta da relação entre as taxas de mortalidade brancas e negras, expresso em percentual”, completa a secretária de mulheres da CUT Paraná.

 

Um mapa da violência, publicado em 2012 pelo Instituto Sangari, revelou que o Paraná é o terceiro estado do país com maior número de assassinatos de mulheres. Piraquara, município da Região Metropolitana de Curitiba, é a segunda cidade com maior número de assassinatos de mulheres. “O Paraná é um estado marcado pela irresponsabilidade do Estado no estabelecimento de políticas públicas e ainda nas investigações dos crimes, como das meninas Rachel Genofre e Tayná. Por isso precisamos fortalecer a luta e dar visibilidade ao tema. Vamos pedalar, demostrar nossa indignação sobre estes fatos e dialogar com a sociedade para que tenhamos um futuro de segurança e paz para todas as mulheres e meninas!”, finalizou Anacélie.  

 

Via CUT-PR