Petroleiros do PR e SC seguem rejeitando a proposta da Petrobrás e aprovando as paralisações

 

Os petroleiros do Paraná e Santa Catarina estão dizendo um sonoro “não” à proposta da direção da Petrobrás e subsidiárias para o fechamento do Termo Aditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho 2015/2017.  As assembleias também seguem aprovando por ampla maioria dos votos a realização de paralisações a partir do dia 23. A única exceção foi no Terminal Transpetro de Itajaí-SC (Tejaí), onde um grupo de sete empregados parece estar satisfeito com a retirada de direitos e desmonte da estatal.

 

Até o final da tarde desta terça-feira (20) o Sindipetro já realizou 15 das 19 sessões de assembleia. O resultado parcial mostra 283 votos favoráveis ao indicativo de rejeição da proposta da empresa, com 21 abstenções e apenas 15 votos contrários. Sobre as paralisações, 245 são favoráveis, 47 se abstiveram e apenas 28 são contrários.

 

As assembleias já foram concluídas em todas as bases da Transpetro em Santa Catarina e também na Usina do Xisto (SIX), em São Mateus do Sul. Restam apenas quatro sessões a serem realizadas, duas no Terminal Transpetro de Paranaguá e outras duas na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária. A última delas acontece na quinta-feira (22).

 

Tratada pela direção da Petrobrás como sua “última e definitiva proposta”, a carta da empresa à FUP insiste na redução de jornada com diminuição de salário e não garante o cumprimento do acordo do ATS na Fafen-PR, pactuado em novembro do ano passado. O documento ainda prevê  o reajuste salarial de 6%, retroativo a setembro, mais 2,8% suplementares em fevereiro; manutenção das horas extras com adicional de 100% e do auxílio almoço sem obrigatoriedade de migração para o vale refeição.

 

O alto índice de rejeição da proposta registrado nas unidades do Sistema Petrobrás no Paraná e Santa Catarina se repete no cenário nacional. Todas as bases da FUP estão reprovando a proposta e aprovando as paralisações.