Petroleiros do Terminal Transpetro de Paranaguá retomam a greve

 

 

Mais um apelo do Pedro Quemente, mais uma resposta à altura da categoria. Ontem (29), o presidente ilegítimo da Petrobras enviou uma nova carta aos “colaboradores” solicitando a participação de todos nas assembleias e invocando a “reflexão” de que a proposta da empresa está no limite do que é “financeiramente responsável”. No final do dia, o Sindipetro Paraná e Santa Catarina divulgava o resultado das assembleias setorizadas: continuidade da luta, com paralisações a qualquer momento.

 

Algumas horas mais tarde, por volta das 24h, os petroleiros do Terminal Transpetro de Paranaguá (Tepar) cortaram a rendição do turno e retomaram a greve. A mobilização continuou na manhã desta sexta-feira (30), com a paralisação dos trabalhadores do regime administrativo.

 

A contingência da empresa assumiu as operações da unidade às 08h00 de hoje, quando os petroleiros que entraram às 16h00 de ontem puderam finalmente deixar o Terminal, após dezesseis horas contínuas de trabalho.

 

O dirigente sindical Uriel Oliveira explicou o sentimento dos grevistas do Tepar. “Somente os que ali cotidianamente trabalham para que o Sistema Petrobrás bata novos recordes entendem o que leva os trabalhadores a manter essa unidade na luta. Estamos falando de um dos terminais mais antigos do sistema e de um grupo de trabalhadores que vê a Petrobrás sendo esquartejada por uma diretoria entreguista e aliada a um governo golpista. Além disso, sentimos que essa lâmina cada hora está mais próxima de umas das engrenagens principais do sistema, aquela responsável por toda a logística, aquela que no passado já foi criada para ser vendida, mas que com a luta de guerreiros petroleiros foi inviabilizada. Sim, estamos falando da Transpetro”, desabafou.

 

A paralisação no Tepar tem prazo determinado e está prevista para terminar às 08h00 de segunda-feira (02).

 

Greve no Tefran

Boa parte dos petroleiros do regime administrativo do Terminal Transpetro de São Francisco do Sul (Tefran) resolveu deflagrar greve no início do expediente desta sexta-feira. O movimento vai durar 24 horas.

 

Já os empregados do regime de turno e os que furaram a paralisação dão a entender que estão satisfeitos com a proposta da Petrobrás e parecem não se importar com o desmonte da empresa em andamento, justamente na Transpetro, ameaçada de ser o próximo alvo das privatizações. “A resistência é a única forma de barrar a privatização. Ela afugenta os possíveis compradores e atrapalha os planos dos gestores entreguistas”, afirmou Mário Dal Zot, presidente do Sindipetro Paraná e Santa Catarina.