Em carta a Pedro Parente, FUP exige sua renúncia

Em documento enviado a Pedro Parente nesta quarta-feira, 24, a FUP exige a renúncia do presidente da Petrobrás, bem como de todos os integrantes do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva da empresa. A medida foi aprovada por unanimidade pelo Conselho Deliberativo da entidade, reunido em Brasília terça-feira, 23.  O Conselho é formado por representantes de todos os 13 sindicatos filiados, além da diretoria executiva da Federação.

 

Na carta enviada ao presidente da Petrobrás, a FUP reitera a ilegitimidade da atual gestão, que vem agindo no sentido contrário ao que foi determinado pelo povo na eleição de 2014, além de ter sido indicada por um governo que é fruto de um golpe e envolvido em fatos policialescos. 

 

“Não bastasse o sentido ilegítimo dessa administração, com o superficial pretexto de conter o endividamento da Petrobrás, esse coletivo vem agindo com a clara intenção de destruir a empresa”, afirma a FUP no documento, ressaltando que, “da incapacitação técnica à alienação patrimonial por preços irrisórios, o conjunto da obra realizado foi todo ele desenvolvido para o apequenamento da Petrobrás”.

 

Outro aspecto destacado na carta são os interesses escusos que envolvem a gestão de Pedro Parente. “As recentes revelações, à luz da crise atravessada pelos que tomaram o Executivo de assalto, demonstram que toda a gestão, desde o Golpe de 2016, foi empreendida no favorecimento dos grupos econômicos”, denuncia a FUP, destacando que essas corporações “com desfaçatez no relacionamento histórico com os ocupantes da atual gestão, determinam a política da administração da Petrobrás”.

 

Mobilizações contra a privatização da Petrobrás

Além da renúncia de Pedro Parente e de todos os integrantes do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva da Petrobrás, o Conselho Deliberativo da FUP aprovou um calendário de ações de vanguarda para barrar a privatização em curso na empresa. As mobilizações serão implementadas nas próximas semanas e divulgadas pelas direções sindicais à medida que forem realizadas.

 

“O entendimento dos petroleiros é de que a luta contra a privatização da Petrobrás está diretamente ligada à derrubada de Temer e à renúncia do presidente da empresa, Pedro Parente. Essas são, portanto, as duas bandeiras que estarão mobilizando a nossa categoria, tanto nas ruas, como nas nossas lutas diárias, buscando o apoio da sociedade para que aconteça nos próximos dias”, afirma o coordenador da FUP, José Maria Rangel.   

 

Baaixe aqui a íntegra da carta encaminhada pela FUP à presidência da Petrobrás.