Os trabalhos do XVII Congresso da FUP da manhã deste sábado (05) contaram com a mesa de debates “A conta do golpe: quem paga é o trabalhador”.
Participaram o secretário nacional de comunicação da CUT, Roni Barbosa, que é trabalhador petroleiro e membro da direção do Sindipetro Paraná e Santa Catarina; a professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Denise Gentil; e o diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos (DIEESE), Clemente Ganz.
Para além dos dados apresentados durante a mesa sobre os impactos do golpe político, jurídico e midiático contra a democracia brasileira, Roni focou sua apresentação na importância da comunicação sindical como instrumento de luta contra as elites que tomaram o poder de assalto no país. “Precisamos melhorar cada vez mais nossa comunicação com os trabalhadores e a sociedade para desconstruirmos o discurso hegemônico dos veículos tradicionais/empresariais de comunicação”, destacou.
Para Barbosa, a comunicação sindical tem que apostar nas novas mídias para disputar a opinião pública. “A convergência com os meios digitais é um caminho necessário e sem volta. 70% dos acessos de notícias no portal da CUT na internet são feitos através dos smartphones”, informou.
Com relação ao combate contra o desmonte do estado e dos direitos trabalhistas em curso com o golpe no país, Roni acredita que a estratégia passa pela unidade da classe trabalhadora. “Nessa crítica conjuntura, a pauta não deve ser individual, de cada categoria ou sindicato. A pauta é nacional. Nossa palavra de ordem deve ser unidade”, apontou.
Ainda como tática de luta, Roni disse que a comunicação sindical deve atuar de forma colaborativa diante da crise que as entidades irão enfrentar.