Parabéns e luta: petroleiros protestam no aniversário de 64 anos da Petrobrás

Nesta terça-feira (03) a Petrobrás completou 64 anos de existência. A estatal petrolífera tem, sem dúvida, uma bela trajetória, marcada por importantes conquistas, tanto corporativas, quanto para o conjunto da sociedade brasileira.

 

Chegou a ser, há poucos anos, a quarta maior empresa do mundo em valor de mercado e a segunda gigante petrolífera mundial. Recebeu em 2015, pela terceira vez, o prêmio OTC Distinguished Achievement Award for Companies, Organizations, and Institutions como reconhecimento às tecnologias de ponta desenvolvidas para a produção da camada pré-sal. A Offshore Technology Conference (OTC) é o maior evento de negócios do mundo na área de produção offshore de óleo e gás. Foi indutora do desenvolvimento econômico e social do país, chegando a responder por 15% de todo o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.  

 

Além disso, recebeu a segunda colocação na pesquisa “Empresa dos Sonhos dos Jovens”, que ouviu mais de 70 mil universitários e recém-formados no país. No entanto, a empresa dos sonhos está se transformando em um pesadelo.

 

A Petrobrás completa 64 anos em meio a pior crise de sua história, enfrentando um processo de destruição por parte dos seus gestores e governo federal. A direção da (ainda) estatal impõe uma agenda de retrocessos brutais que implica na venda de importantes e valiosos ativos a preço de banana, redução do número de funcionários, corte de direitos e tantas outras peripécias de Pedro Parente, fiel aliado do golpista Michel Temer.

 

Diante dessa conjuntura nociva, os petroleiros e petroleiras de todo país que sabem da importância da empresa para a sociedade brasileira não se calaram e realizaram uma série de protestos nesta terça-feira. O maior foi registrado no Rio de Janeiro, onde milhares de manifestantes ocuparam a Avenida Rio Branco, no centro da cidade, em um grande ato em defesa da soberania nacional. A mobilização teve início às 11h, em frente à sede da Eletrobrás, uma das estatais que teve sua privatização anunciada pelo governo Temer, e seguiu até a sede da Petrobrás.

 

Nas unidades industriais da Petrobras também foram realizadas manifestações. Na Repar, em Araucária, e na Usina do Xisto, em São Mateus do Sul, os petroleiros lembraram do aniversário da empresa com protestos e atrasos na troca de turno da manhã, juntamente com as assembleias que votam o indicativo de rejeição da contraproposta de Acordo Coletivo de Trabalho da Petrobrás. No Terminal Aquaviário da Transpetro em Paranaguá (Tepar), a categoria também realizou um ato juntamente com a assembleia.

 

As atividades do dia nas bases de representação do Sindipetro Paraná e Santa Catarina terminam com a aula pública em defesa das estatais e dos serviços públicos, que acontece logo mais, às 17h00, no Calçadão da Rua XV de Novembro, esquina com a Monsenhor Celso, em Curitiba. 

 

Confira as imagens dos protestos nas bases do Sindipetro PR e SC: https://www.facebook.com/media/set/?set=a.677291275794355.1073741848.389015984621887&type=1&l=a12b3732ed