Petróleo é motivo de cobiça e guerras, menos para o Brasil. O governo golpista de Michel Temer conseguiu derrubar a liminar que suspendia os dois leilões de blocos de exploração de petróleo do pré-sal, marcado para esta sexta-feira (27).
O juiz da 3ª Vara Federal Cível da Justiça Federal do Amazonas Ricardo A. de Sales havia concedido uma liminar na noite de quinta-feira (26) atendendo a um pedido de uma das várias Ações Civis Públicas que a FUP e seus sindicatos ingressaram para barrar a entrega do pré-sal. O Sindipetro PR e SC também foi autor de uma dessas ações. No despacho, o juiz afirmou que haveria risco de prejuízo ao patrimônio público. Na opinião do juiz, os valores mínimos estipulados no leilão seriam baixos demais.
Os blocos colocados em licitação são altamente produtivos e com imensa viabilidade econômica. Os bônus de assinatura anunciados pela ANP são de R$ 7,75 bilhões para campos com capacidade de produzir 12 bilhões de barris de petróleo. Ou seja, cada barril com 159 litros de óleo do pré-sal sairá para as multinacionais por menos de R$ 1,50, o que representa R$ 0,01 o litro.
Vão participar da rodada 17 empresas qualificadas, entre elas grandes petroleiras internacionais, como Exxon, Shell e Total. “O pré-sal interessa ao mundo todo, menos ao Brasil governado pelo golpista Temer. Por aqui, para tomar nosso petróleo, nem uma bala precisa ser disparada. É tudo a preço de banana, ou ainda menos. Essa é a conta do golpe”, lamenta Mário Dal Zot, presidente do Sindipetro Paraná e Santa Catarina.
Manifestações contra a entrega do pré-sal
Nesta sexta-feira (27) ocorreram protestos nas principais unidades da Petrobrás em todo país contra os leilões do pré-sal. Na Repar, em Araucária, o Sindipetro PR e SC realizou um atraso de cerca de duas horas na entrada do expediente e do turno da manhã. As mobilizações foram convocadas em âmbito nacional pela FUP.