Má gestão da Repar causa transtornos no ano novo

Evidente que, com o agravamento da ausência de efetivo, a empresa começou a praticar essas movimentações que causam desconfortos à vida social dos trabalhadores.

 

Na véspera do ano novo, a empresa mostrou novamente sua incapacidade de gerir pessoas. O supervisor de turno, durante reunião com trabalhadores, afirmou que precisaria de algum voluntário para ocupar uma vaga em outro grupo do mesmo setor, pois havia desfalque gerado por gestão incompetente do próprio supervisor, que manteve suas férias durante a licença paternidade do seu interino.

 

Os trabalhadores ficaram extremamente ofendidos com a situação. Não por menos, todos já estavam comprometidos com atividades familiares e não se voluntariaram para esta tarefa. O supervisor então realizou um sorteio para definir.

 

O trabalhador sorteado deveria cobrir o período de ausência do supervisor, cerca de 10 dias, incluindo a noite do ano novo. O trabalhador estaria de 8-16 e teria que cumprir a jornada da zero hora desse dia. A interinidade da supervisão foi assumida por outro trabalhador do grupo desfalcado.

 

O Sindicato cobrou o RH da empresa para que outro supervisor ocupasse essa ausência no grupo desfalcado, pois não fazia sentido um supervisor e seu interino se ausentarem ao mesmo tempo de forma programada. Diante disso, o Sindipetro exigiu que pelo menos na noite do dia 31 um outro supervisor assumisse o trabalho. A empresa não aceitou e impôs ao operador a troca de grupo durante o período, incluindo a noite do ano novo. O supervisor direto do trabalhador organizou uma folga de compensação.

 

Outro ponto cobrado do RH foi que, conforme afirmado por gerente da HRC em reunião sobre a parada de manutenção, as férias de todos os trabalhadores estariam bloqueadas. Como que um supervisor saiu de férias nesse período em que todos os outros trabalhadores foram impedidos de exercer seu período de férias?

 

A resposta é simples: “tratar os desiguais de forma desigual”, como afirmou gerente da UT em situação semelhante, contrariando o próprio Código de Ética da Petrobras.

 

Trata-se de um grande desrespeito com os trabalhadores e um exemplo de incompetência da gestão.

 

Os trabalhadores de turno já possuem em sua rotina uma dificuldade de convivência familiar e de manter minimamente uma rotina para suas atividades particulares, pois trabalham em finais de semana, feriados e horários variados. Tal condição tem sido agravada desde que a empresa assumiu essa postura de movimentações contínuas entre grupos para cobrir os desfalques de absenteísmos. Essa pratica não ocorrida cerca de dois anos atrás. Evidente que, com o agravamento da ausência de efetivo, a empresa começou a praticar essas movimentações que causam desconfortos à vida social dos trabalhadores.

 

O caso comprova acertada a decisão tomada em assembleia de acabar com as interinidades e dos trabalhadores se articularem no sentido de não as assumir.