Categoria se une a centenas de manifestantes progressistas que prometem resistir até que o ex-presidente seja libertado
Um grupo de petroleiros e petroquímicos montou acampamento no começo da tarde deste sábado (07) em frente à Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, para protestar contra a prisão do ex-presidente Lula e defender a democracia.
Após um ato ecumênico e político com milhares de apoiadores na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Paulista, em São Bernardo do Campo, Lula decidiu se apresentar à Polícia Federal em São Paulo e deve chegar em Curitiba ainda neste sábado. Ele vai cumprir uma ordem judicial que determinou sua prisão por causa do controverso caso do Triplex do Guarujá.
Uma multidão de manifestantes pró-Lula aguarda a chegada do ex-presidente na capital paranaense. Trabalhadores de diversas categorias e militantes dos movimentos sociais não param de chegar na sede da Polícia Federal. “Nossa palavra de ordem é resistência. Vamos permanecer em luta até que essa injustiça seja corrigida e Lula seja libertado. Dirigentes sindicais petroleiros de todo o país chegam em Curitiba nos próximos dias para somar à mobilização”, disse Gerson Castellano, trabalhador petroquímico e secretário de comunicação da Federação Única dos Petroleiros (FUP).
Para o presidente do Sindipetro Paraná e Santa Catarina, Mário Dal Zot, a resistência da classe trabalhadora vai além da luta pela liberdade do ex-presidente. “O movimento nacional estabelecido com o anúncio da prisão de Lula transcende a correção dessa injustiça do judiciário e despertou as massas para a luta contra o golpe em andamento no país desde o impeachment de Dilma Rousseff. O mote Lula Livre representa também a luta contra as privatizações, contra a entrega do pré-sal, contra a retirada de direitos dos trabalhadores e o empobrecimento da população”, afirmou.
A expectativa é que a vigília pró-Lula aumente durante o final de semana. “Temos informações que diversas caravanas se deslocam até Curitiba e neste domingo o movimento deve ser ainda mais intenso. Só sairemos daqui com o Lula em liberdade”, disse Roni Barbosa, petroleiro e secretário nacional de comunicação da CUT.