Precisamos politizar a luta dos trabalhadores, diz Gleisi

Senadora e presidente nacional do PT debateu a conjuntura política do país com dirigentes do Sindipetro PR e SC

 

 Uma comitiva de políticos e militantes do Partido dos Trabalhadores (PT) visitou a Sede do Sindipetro Paraná e Santa Catarina na tarde desta segunda-feira (16) para se reunir com a Direção Executiva da entidade.

 

O objetivo foi debater sobre a conjuntura política nacional e o Acampamento Lula Livre. Participaram os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ) e Gleisi Hoffmann (PT-PR), que também é presidente nacional do partido.

 

Para a senadora, o momento é importante para politizar a luta dos trabalhadores. “Tudo o que está acontecendo no cenário político nacional é porque quem está hoje no poder age diferente de quem estava lá anteriormente. A retirada de direitos dos trabalhadores e o desmonte da Petrobrás estão no contexto da prisão de Lula, uma continuidade do golpe em curso no país”, disse.

 

O senador Lindbergh afirmou que a prisão de Lula gerou um impasse. “Prenderam, mas não venceram. A crise é gigantesca e o país está estagnado. Tudo que apostaram deu errado. O golpe era para colocar Temer por dois anos e efetuar as maldades. Depois, naturalmente, um tucano assumiria e continuaria a agenda neoliberal”, analisou.

 

De acordo com o secretário de comunicação da FUP e diretor do Sindiquímica-PR Gerson Luiz Castellano a falta de investimento por parte da Petrobrás em todas as unidades é um reflexo do golpe de 2016. “Vivemos tempos sombrios no país, em que após a ditadura de 64 nós temos um preso político que se chama Luiz Inácio Lula da Silva. O processo que vem ocorrendo com a Fafen-PR também vai atingir a Repar, se essa luta não for travada pela sociedade toda. Poderemos ver Araucária desaparecer financeiramente com o fim dessas empresas”, afirmou.

 

O presidente do Sindipetro Paraná e Santa Catarina, Mário Dal Zot, afirmou que a população sente na pele os efeitos do golpe, mas ainda permanece inerte. “Antes, setores da sociedade reclamavam dos prejuízos que a Petrobrás tinha com o controle dos preços dos combustíveis pelo governo, mas mesmo assim a estatal apresentava cifras gordas de lucros. Agora, com a redução da carga de produção nas refinarias e a liberação das importações de combustíveis, a empresa amarga gigantescos prejuízos e a sociedade se cala. Até quando?”, questionou Dal Zot.

 

O Sindipetro Paraná e Santa Catarina apoia o Acampamento Lula Livre, que também é um espaço de debate sobre a conjuntura política e de defesa da Petrobrás enquanto empresa estatal e indutora do desenvolvimento econômico e social do país. Vários petroleiros estão participando da mobilização nas cercanias da Superintendência da Polícia Federal, em regime de revezamento.