Categoria é contra a política de preços baseada no mercado internacional
Desde que a Petrobrás adotou sua atual política de preços para os combustíveis, em 30 de junho de 2017, já foram praticados 115 aumentos. Os valores são reajustados quase que diariamente e seguem a cotação do petróleo no mercado internacional.
O aumento acumulado para o óleo diesel, desde então, é de 56,5%, segundo cálculos do Centro Brasileiro de Infraestratura (CBIE). Essa nova política de preços torna inviável as atividades não apenas dos caminhoneiros, já que o valor do frete não segue os reajustes diários, mas também dos trabalhadores do setor de transporte em geral. Penaliza ainda a população como um todo, que tem que arcar com as consequências desses aumentos, pois refletem nos preços de todos os produtos.
A política de preços dos combustíveis é, a bem da verdade, um dos instrumentos de desmonte do Sistema Petrobrás praticado na gestão do atual presidente da companhia, Pedro Parente. Os frequentes aumentos fazem parte do plano do governo de venda da estatal.
Desde que foi colocado pelos golpistas no comando da Petrobrás, Pedro Parente já entregou à concorrência mais de 30 ativos estratégicos da empresa, como campos do pré-sal, sondas de produção, redes de gasodutos do Sudeste e do Nordeste, distribuidoras de gás, petroquímicas, termoelétricas e usinas de biocombustíveis.
Além disso, as refinarias tiveram cargas de produção reduzidas e operam atualmente com apenas 70% de suas capacidades, em média. Mesmo assim, o governo optou por importar cerca de 20% dos combustíveis consumidos no país e o Brasil já é o maior mercado importador do diesel dos Estados Unidos.
Neste ritmo, o Brasil perderá muito em breve a sua soberania energética e será totalmente dependente do mercado externo. Isso representa o desemprego e a miséria no país e a geração de emprego e renda no exterior.
Por tudo isso, o Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina é contra a política de preços baseada no mercado internacional e apoia a greve nacional dos caminhoneiros.