Manifestações exigem pagamento da PR para todos e alertam para o golpe do PCR

Sindicato promoveu panfletagens em diversas bases e participou do ato na Araucária Nitrogenados.

 

 

A categoria petroleira esteve mobilizada nesta sexta-feira (31), dia nacional de luta contra discriminações e retirada de direitos no Sistema Petrobrás. Os protestos foram convocados pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) para que todos os trabalhadores do Sistema Petrobrás recebam a Participação nos Resultados (PR) referente ao exercício de 2017 e digam não ao Plano de Carreira e Remuneração (PCR). 

 

A gestão da empresa discrimina os trabalhadores da Araucária Nitrogenados (Fafen-PR) ao negar o pagamento da PR apenas nesta unidade do Sistema.

 

As manifestações também alertaram sobre o golpe do Plano de Cargos e Remunerações (PCR) que a empresa tenta aplicar na categoria. Inconstitucional por natureza, o plano está sendo implantado de forma unilateral pela direção da Petrobrás para acabar com direitos da categoria.

 

O Sindipetro Paraná e Santa Catarina realizou panfletagens nesta sexta-feira na maioria de suas bases de representação. As unidades que não puderam ser contempladas neste dia nacional de luta, receberão a atividade nos próximos dias.

 

Além disso, dirigentes do Sindipetro participaram do ato na Araucária Nitrogenados, realizado na manhã desta sexta. “Neste momento, a unidade e a solidariedade são o que mais importam. Não admitimos qualquer forma de discriminação e vamos lutar até o fim para que todos sejam contemplados com o pagamento da PR. Só vamos validar o acordo quando os trabalhadores da Araucária Nitrogenados estivem incluídos”, entatizou Mário Dal Zot, presidente do Sindipetro PR e SC.

 

Mário lembra que em situação semelhante no passado, a Petrobrás incluiu todos na PLR. “Aconteceu em um ano que a Transpetro não obteve lucro, mas todos receberam, inclusive com o mesmo valor pago aos trabalhadores da holding. Portanto, não há motivo para não estender ao pessoal da Araucária Nitrogenados”.

 

Com relação ao PCR, o presidente do Sindicato alerta para a aracupuca que a gestão da Petrobrás armou. “O Supremo Tribunal Federal (STF) liberou a terceirização irrestrita e escancarada. A lei já estava aprovada, mas havia esperança fossem barradas as terceirizações nas atividades-fim. Como o PCR institui cargos amplos, fica fácil para a empresa tornar seus trabalhadores terceirizáveis. O PCR facilita isso”, concluiu.