A notícia é urgente, porém não é surpresa. O conselho de administração da Petrobrás decidiu vender oito das treze refinarias da companhia. O anúncio foi feito na noite desta sexta-feira (26) e estão na lista a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR), localizada em Araucária, na região metropolitana de Curitiba, e a Usina do Xisto (SIX), de São Mateus do Sul.
Não é surpresa porque o roteiro da privatização já estava sendo executado. Redução de efetivos, planos de demissão, perseguição aos trabalhadores e sindicatos, sucateamento das unidades, diminuição da produção…
Completam a liquidação do governo as refinarias Abreu e Lima (RNEST – Pernambuco), Lundolpho Alves (RLAM – Bahia), Gabriel Passos (REGAP – Minas Gerais), Alberto Pasqualini (REFAP – Rio Grande do Sul), Isaac Sabbá (REMAN – Amazonas) e a Fábrica de Lubricantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (LUBNOR – Ceará), além da BR Distribuidora e a rede de postos no Uruguai.
De acordo com o comunicado da empresa, o processo de privatização deve ser concluído em até um ano e meio.
Ainda que fosse esperado, o anúncio causa grande impacto na categoria. Mesmo assim, acirra os ânimos já exaltados e aponta para o único caminho possível: o da luta e resistência.
A Petrobrás, desde sua fundação, sempre foi alvo da cobiça dos entreguistas e do mercado internacional. Várias gerações de petroleiros lutaram para mantê-la como patrimônio do povo brasileiro e desta vez não será diferente. NÃO ESTAMOS À VENDA!