Petroleiros e demais categorias lotaram a ALESC em defesa das estatais e da soberania nacional

 

Apoio à luta contra a privatização da Petrobrás cresce. Resultado da união com outras frentes. Em Audiência Pública na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, o que ficou claro é que vai ter luta unificada contra a privataria promovida pelo atual governo federal

O que está em jogo é a permanência da Petrobrás na região sul do país. Caso se concretize a venda da Repar, em Araucária, e da Refap, em Canoas (RS), o processo de desmonte trará um prejuízo incalculável. Sabendo disso, a categoria petroleira, ao lado de familiares e amigos, unidos a outras categorias que também estão na luta contra a politica ultraliberal do governo federal, lotaram a casa legislativa catarinense.

Para o diretor do Sindipetro PR e SC, Jordano Zanardi, que compôs a mesa no parlamento catarinense, “é bom ficar claro para a sociedade que esse desmonte representa o fim das operações da estatal no sul. Só em Santa Catarina, por exemplo, a companhia é responsável por aproximadamente 10 bilhões de reais no PIB do estado”.

No Paraná não é diferente, maior arrecadadora do estado, a Repar também é fundamental para a sobrevivência do município de Araucária, pois responde por 80% do valor total de impostos da cidade. E, por ser estatal e ter compromisso com a sociedade, esse dinheiro é investido em serviços públicos, como educação, saúde, assistência social, entre outros.

E foi nesse tom a audiência pública na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, na manhã do dia 14 de outubro. Pela Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional marcaram presença representantes de diversos setores cujas privatizações vêm sendo cogitadas pelo governo federal.

Vale ressaltar que essa Frente foi presidida e lançada pela senadora Zenaide Maia (PROS-RN), em 3 de outubro no Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. “A soberania não é só a defesa do território, como muitos argumentam. A venda do nosso patrimônio é a coisa que mais massacra a soberania do país. O setor elétrico é estratégico para o nosso desenvolvimento”, disse a senadora.

Membros de outras estatais defenderam as demandas de cada categoria, como os trabalhadores da Eletrosul, Correios, Eletrobrás, Serpro, Casa da Moeda, setores de bancos públicos e Dataprev.

Os estudantes e professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), do Instituto Federal de Santa Catarina (IF-SC), movimentos por moradia, indígenas e quilombolas, marcaram presença.

E do lado político o deputado Neodi Saretta (PT), deputado federal Pedro Uczai (PT), ex-ministra e ex-senadora Ideli Salvatti (PT), o ex-senador do Paraná Roberto Requião (MDB), o senador Esperidião Amin (PP/SC) e o deputado federal Henrique Fontana (PT-RS) participaram.

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