O mercado de fertilizantes está em alta e segundo analistas a tendência é de crescimento para 2020 e 2021, apesar do coronavírus
O preço da ureia agrícola subiu 6,5% desde o início do ano, só em março o aumento foi de 3,2% em relação a fevereiro. Já os adubos fosfatados tiveram reajuste médio de 0,5% no mesmo período e o cloreto de potássio um aumento de 0,1% na cotação em março. As informações são da empresa paulista Scot Consultoria.
A expectativa para os próximos meses é de preços firmes para os fertilizantes. Este ano, além do dólar valorizado e em patamar mais alto, se eleva também as commodities agrícolas, principalmente a soja e o milho. A previsão é de aumento da demanda interna por adubos para a temporada 2020/2021.
A valorização desse segmento tão importante para a economia de qualquer país põe em xeque a política da atual gestão da Petrobrás que, na contramão de outras grandes petrolíferas estatais, foca seu negócio em apenas um segmento: o pré-sal. Enquanto isso, acelera o desinvestimento, vendendo e hibernando refinarias e fábricas de fertilizantes.
Atualmente a Petrobrás permanece com as suas três fábricas de fertilizantes fechadas – a Araucária Nitrogenados (Fafen-PR), a unidade de Camaçari (Bahia) e a de Laranjeiras (Sergipe). Com isso o Brasil deixa de produzir 8 mil toneladas de fertilizantes por dia. Além de sair de um setor em expansão tanto no mercado nacional como no mundial.
O Governo Federal ignora um segmento diretamente ligado a soberania alimentar, um setor estratégico par o país. Mesmo com a Petrobrás tendo fábricas, conhecimento técnico, trabalhadores prontos para assumir os seus postos e colocar as unidades para funcionar.
Afinal, o Brasil é um dos maiores produtores de grãos e proteínas do mundo e o investimento na produção de fertilizante é fundamental para garantir a continuidade do crescimento do setor e a soberania nacional.
Para o Sindipetro PR e SC manter as fábricas de fertilizantes nitrogenados do país paradas é um erro. Vai contra os interesses soberanos de uma nação, colocando todo setor agrícola refém da importação desses insumos.
Com informações via Sindipetro Bahia.