Repar: mobilização por tabela de turno escolhida pela categoria é aprovada

Empresa insiste em cláusula de acordo que implica em renúncia de direitos. Categoria vai responder com luta!

 

Davi Macedo – Sindipetro PR e SC

  

Os petroleiros e petroleiras enquadrados no regime de turno da Repar aprovaram por 90% dos votos o indicativo de mobilização, com data e formato a ser indicado pelo Sindipetro Paraná e Santa Catarina, em razão da recusa por parte da gestão em aplicar o modelo de tabela de turno escolhido pela categoria, sem que haja qualquer cláusula de acordo que implique em renúncia de direitos.

 

A decisão foi tomada nas assembleias realizadas entre quinta e sexta-feira (28 e 29/07) e reafirmou deliberação anterior, que rejeitou a tabela do regime de trabalho de 3×2 (três dias de trabalho para dois de folga), mas que novamente foi imposta pelos gestores da Repar. Em processo amplo e democrático, a categoria aprovou a tabela de turno com jornada de 12 horas, no regime de 4×6.

 

“A aprovação da mobilização foi quase unânime, dentro do que a gente esperava. Não poderia ser diferente, pois seguimos sendo atacados por essa gestão que está aí, com desrespeito total à tabela escolhida pelos trabalhadores, cujo processo ocorreu dentro das regras impostas pela empresa”, avaliou Alexandro Guilherme Jorge, presidente do Sindipetro PR e SC.

 

O dirigente sindical denuncia a manobra da Petrobrás em relação à aplicação da tabela selecionada pela categoria. “A gestão da empresa, ardilosamente, tenta impor uma cláusula para se livrar dos passivos, na qual os trabalhadores dariam um aceite para tudo o que aconteceu na história da organização do turno até 2020. Não há a menor chance de isso acontecer”, cravou.  

 

Alexandro ainda explicou os rumos da luta pela tabela escolhida pelos trabalhadores. “Paralelamente às assembleias ocorreu a mobilização na RPBC que conseguiu barrar o regime de 3×2. O próximo passo é a reunião entre os sindicatos de petroleiros de todo o país para debater as mobilizações necessárias para que o 3×2 não se mantenha da maneira que a empresa quer. Sabemos que esse regime é aplicado apenas para sacanear os trabalhadores e forçar a assinatura de uma minuta que foi rechaçada pela categoria em 2020. Os trabalhadores da Repar, assim como de outras refinarias que não assinaram, não vão ceder às ameaças da empresa”.

 

Enquanto o processo de mobilização é organizado, a orientação é para que a categoria continue denunciado as dobras de turno forçadas, que são causadas pela falta de efetivo e má gestão da Petrobrás.

 

:: Canais de denúncia do Sindipetro PR e SC

E-mail: denuncia@sindipetroprsc.org.br

Tel: (41) 3332-4554

Se preferir, trate o assunto diretamente com os dirigentes sindicais nos locais de trabalho.