Primeiro de Maio irá celebrar a volta da classe trabalhadora ao cenário político nacional

O lema da data será “Emprego, Direitos, Renda e Democracia”. Confira a programação e participe!

 

O Sindipetro PR e SC convida a categoria petroleira para celebrar o Dia do Trabalhador e da Trabalhadora que neste ano traz o tema “Emprego, Direitos, Renda e Democracia”. Além de outras 15 pautas reivindicatórias criadas em conjunto pelas centrais sindicais (veja abaixo).

 

Diversas cidades brasileiras irão comemorar o Primeiro de Maio com atos políticos e atrações culturais. Entre elas, estão Curitiba, Florianópolis, Joinville, Ortigueira e São Mateus do Sul (confira abaixo a programação do Paraná e Santa Catarina).

 

O maior evento será realizado no Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo, a partir das 10h, com shows e discursos políticos. O ato é organizado pela CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, Intersindical Instrumento de Luta, Intersindical Central da Classe Trabalhadora e Pública e contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de outras autoridades do governo federal, lideranças sindicais, do movimento popular e da sociedade civil (saiba mais aqui).

 

Após 6 anos de retrocessos, a classe trabalhadora volta a ser protagonista com o novo cenário político nacional.

 

A vitória do presidente Lula nas eleições fortaleceu a democracia e resgatou a esperança de um futuro melhor através da geração de empregos e retomada de direitos dos trabalhadores, que ainda sofrem as consequências de decisões equivocadas tomadas pelos últimos governos.

 

A Petrobrás tem um papel fundamental neste processo e pode se tornar uma das principais indutoras do desenvolvimento social e econômico do país.

 

De acordo com o presidente do Sindipetro, Alexandro Guilherme Jorge, a expectativa da categoria petroleira para os próximos anos é de que a estatal retome o seu protagonismo e contribua para o progresso nacional. “Nós precisamos seguir vigilantes, acompanhando os passos do governo federal e principalmente apostando na reindustrialização do país, com geração de mais empregos e maior renda”, afirmou.

 

Para Alexandro, também é importante que os trabalhadores se reconheçam como pertencentes à classe trabalhadora e se organizem sindicalmente para lutar por seus direitos. “Hoje, nós temos um metalúrgico e sindicalista presidente da república e 2023 deve ser um ano de retomada de direitos. É isso o que a gente espera enquanto classe trabalhadora e categoria petroleira e, principalmente, olhando para a possibilidade da Petrobrás tomar a frente dos rumos do país novamente”, concluiu.

Confira as comemorações para o Primeiro de Maio no Paraná e Santa Catarina:

Curitiba:
-01/05: Luta por direito ao trabalho e trabalho com direitos – Concentração às 8h
End. Rua Antônio Zanon, 253. Comunidade Britanite, Tatuquara

Florianópolis:
-01/05: Ato unificado das centrais sindicais com atrações culturais – a partir das 14h
End: Largo da Alfândega – Centro

Joinville:
-06/05: Festa do Trabalhador com música ao vivo no Sítio Novo – a partir das 20h
End. Av. Santos Dumont, 1110 – Aventureiro, Joinville – SC

Ortigueira:
-30/04: 2ª Cavalgada do Trabalhador – saída às 10h
End: Comunidade Maila Sabrina, do MST Paraná, a saída será na guarita do Maila

São Mateus do Sul:
-30/04: Missa campal e 7° Feijoada para profissionais da reciclagem – 10h30
End. Rua João dos Santos Leal, s/n – Centro Esportivo Mafia

-01/05: 7° Torneio do Trabalhador – Centro Esportivo Mafia – a partir das 9h
Participe e colabore com 1kg de alimento.
End. Rua João dos Santos Leal, s/n – Centro Esportivo Mafia

 

Pautas e desafios

1- Valorização do salário mínimo
A Política de Valorização do Salário Mínimo tem impacto positivo direto no bolso do trabalhador, na economia do país, melhorando também o poder de compra dos aposentados e pensionistas da previdência social. Quando a população ganha mais, consome mais e a indústria e o campo produzem mais, gerando mais empregos.

 

2- Fim dos juros extorsivos
Juros altos só trazem dívida ao trabalhador. Quem gosta são os bancos. Com os juros mais baixos o endividamento das famílias diminui e com menos dívidas, o brasileiro consome mais e melhor, mais consumo gera mais produção e mais empregos.

 

3- Fortalecimento da Negociação Coletiva
Direito fundamental no trabalho, a negociação coletiva cria regras da relação entre trabalhadores e patrões. Sindicatos fortes resultam em acordos coletivos fortes.

 

4- Mais empregos e renda
Somente com emprego de qualidade, a renda do trabalhador melhora e o país cresce. Mais de 12 milhões de trabalhadoras e trabalhadores brasileiros não têm carteira assinada, 40 milhões estão na informalidade.

 

5- Direitos para todos
A luta das Centrais é por toda a classe trabalhadora, sindicalizada ou não. Trabalho decente e empregos de qualidade para todos os brasileiros e brasileiras garantem uma sociedade mais igual e mais justa, democrática e soberana.

 

6- Convenção 156 OIT
Pela igualdade de oportunidades e tratamento para mulheres e homens trabalhadores que se desdobram entre trabalho e família. As mulheres sofrem mais com o desemprego que os homens porque acumulam mais jornadas, engravidam, cuidam dos filhos e são demitidas por isso. Isso tem de mudar.

 

7- Trabalho igual, salário igual
Mulheres ganham até 30% menos do que os homens na mesma função. Essa disparidade acontece mesmo quando trabalhadoras e trabalhadores têm a mesma escolaridade, mesma idade e mesma cargo.

 

8- Aposentadoria digna
As Centrais Sindicais propõem uma série de medidas para melhorar a qualidade do atendimento a aposentados e pensionistas da Previdência Social.

 

9- Valorização do servidor e da servidora público
A servidora e o servidor público estão na linha de frente de serviços indispensáveis ao povo brasileiro. O que teria sido do Brasil na pandemia sem os serviços públicos. O trágico número de 700 mil mortes, a maior parte causada pelo negacionismo e incompetência do governo derrotado, teria sido ainda maior.

 

10- Regulamentação do trabalho por aplicativos
Trabalhadores e trabalhadoras por aplicativos não têm nenhum direito trabalhista nem previdenciário. Vamos mudar isso. A luta das Centrais Sindicais conquistou espaço de diálogo e negociação entre trabalhadores(as), empresas e governo, para regular as relações de trabalho nas empresas que oferecem serviços de entrega e condução por aplicativos.

 

11- Em defesa das empresas públicas
Governos passados venderam empresas públicas e o povo pagou a conta. Toda vez que o Brasil cresceu foi impulsionado pelas empresas públicas e estatais. Por isso, as Centrais Sindicais são contra as privatizações, que o governo passado fez, vendendo o patrimônio público a troco de banana.

 

12- Revogação dos marcos regressivos da legislação trabalhista
A reforma trabalhista de 2017 levou ao aumento da precarização, do bico, do desemprego. Só foi boa para o patrão. Essa reforma causou um retrocesso, com mais informalidade, desemprego, precarização e terceirização do trabalhador e da trabalhadora e, portanto, menos direitos.

 

13- Fortalecimento da democracia
Derrotamos quem ameaçava nossa democracia, agora é fortalecer essa luta. O golpe de 2016, que tirou uma presidenta legítima, seguido da eleição de um governo de ultradireita colocaram a democracia brasileira em risco. Começamos a mudar essa história com a vitória de 2022.

 

14- Revogação do “novo” ensino médio
Porque desqualifica e prejudica os alunos, esvazia e rebaixa a qualidade de ensino. A unidade entre estudantes, professores, pais e mães e trabalhadores e trabalhadoras dos vários segmentos da sociedade é essencial para derrotar essa proposta que cria uma escola sem conteúdo com prejuízos aos alunos.

 

15- Desenvolvimento sustentável com geração de empregos de qualidade
Crescer e gerar empregos, sempre respeitando o Planeta porque uma hora a conta chega. O desenvolvimento produtivo do país tem que acontecer com o fortalecimento da indústria nacional e da agricultura de forma sustentável.

 

Por Juce Lopes

| Com informações: Imprensa CUT