“Queremos ações para eliminar causas e não só para tratar as consequências.”

A segunda reunião do Grupo de Trabalho de SMS e Saúde mental, entre representantes da categoria e da empresa aconteceu hoje, 25/05 para discutir dados concretos acerca dos trabalhadores adoecidos. Petrobrás, Transpetro, PBio e TBG, apresentaram as ações desenvolvidas no campo da saúde mental, que sinalizaram para os sindicatos o empenho em resolver as questões.

 

É nítida a preocupação, dos novos gestores, em reconstruir os processos, rever o programa de saúde mental além de levar atenção à questão do efetivo no setor, que conta com uma equipe defasada. Os dirigentes sindicais percebem os esforços, mas sinalizaram que olhar apenas os efeitos do adoecimento mental não será suficiente: as causas também precisam ser tratadas.

 

Raimundo Teles, diretor da FUP, mostrou a necessidade de se obter um panorama atual e real dos dados relativos a todas as doenças enquadradas na área da saúde mental. Salientou que os sindipetros devem ter acesso a essas informações para ser possível acompanhar e atuar em paralelo com a empresa.

 

Alexandre, diretor do Sindipetro NF reforçou a importância da participação da representação dos trabalhadores no acompanhamento e investigação dos casos, e explicou, “Quando o sindicato não participa do processo de cuidado aumenta a desconfiança do trabalhador. Se um gerente sabe quantos trabalhadores estão afastados por motivo de saúde, o sindicato também deve saber. O sigilo será mantido.”

 

Rodrigo Ferri, do Sindipetro ES, chamou atenção para o processo que precisa identificar as causas das doenças e que os problemas encontrados no momento dos tratamentos devem ser eliminados. “Como é o caso da escuta protocolar feita por meio de aplicativos, não resolve e os empregados estão reclamando. ”Chega de teleatendimento! O acolhimento das pessoas deve ser feito por outras pessoas. Além disso, “é preciso aumentar o acesso dos empregados aos tratamentos continuados pois estamos diante de uma situação crítica e trágica.

 

Elisangela Costa, diretora do Sindipetro PR/SC fez um apelo durante a reunião para que os gestores das áreas olhem as pontas, e verifiquem como estão acontecendo os atendimentos dos empregados que estão em risco.

 

Na próxima reunião desse GT, que acontecerá na semana que vem, a temática será exclusiva de SMS, para manter a alternância de temas nas reuniões.