Na manhã desta segunda-feira (30), trabalhadores e trabalhadoras do Terminal de Paranaguá da Transpetro (Tepar) fizeram uma paralisação de 4 horas, em frente à subsidiária. O ato faz parte da campanha reivindicatória 2023 e atende ao calendário nacional de paralisações por segmentos no Sistema Petrobrás, proposto em FUP em conjunto com a FNP, para pressionar a empresa por avanços nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
Durante a paralisação, a categoria realizou um bate-papo sindical para tratar dos principais temas que impactam o ACT, além de esclarecer dúvidas e abordar os desafios da negociação da pauta local, que segue estagnada.
Com mais de 10 páginas, a pauta de reivindicações dos trabalhadores da Transpetro compila vários pontos voltados à melhoria das condições de trabalho e segurança nas unidades, represados ao longo dos últimos anos, marcados pela ausência de diálogo da antiga gestão com os representantes da categoria.
Para a diretora sindical, Cristiane Fogaça, devido ao acúmulo de demandas, os trabalhadores tinham grandes expectativas pela negociação. “A pauta contém mais de 10 páginas e representa um breve resumo das demandas emergenciais. O sentimento da categoria, após entregá-la nas mãos do presidente da companhia, que prometeu uma tratativa rápida, é de descaso. Já se passaram 4 meses desde então, e ainda não temos solução para pontos críticos”, ressaltou.
Compromisso assumido
Nos dias 19 e 20 de junho, representantes do Sindicato entregaram pessoalmente a pauta de reivindicações dos trabalhadores do Paraná e Santa Catarina ao presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, durante sua visita aos Terminais de São Francisco do Sul (Tefran) e Paranaguá (Tepar). Na ocasião, Bacci havia se comprometido em analisar os pleitos e iniciar as negociações.
No entanto, durante a primeira e única reunião de pauta local com a nova gestão, que ocorreu no dia 5 de setembro, a gerência da Transpetro não apresentou nenhuma resposta em relação às reivindicações da categoria. Vale lembrar que todas essas demandas já haviam sido repassadas aos gerentes locais antes de serem entregues ao presidente.
Ainda neste encontro, o gerente de relações sindicais da Transpetro, Felipe Grubba, afirmou que iria enviar, o mais brevemente possível, uma devolutiva do Gabinete Presidencial (GAPRE) acerca das medidas que estariam sendo tomadas para atender às solicitações dos trabalhadores, mas a resposta segue pendente.
O Sindipetro PR e SC reforça que segue mobilizado junto à FUP para a celebração de um ACT que seja compatível com o novo projeto da estatal, delineado pelo atual governo, e espera melhorias na relação com a gestão local, para que a atual administração da companhia dialogue frequentemente com a categoria a fim de assumir o compromisso de atender às demandas da pauta local.