O Sindipetro PR e SC presta apoio e reitera a importância da greve dos professores e funcionários de escola da rede pública de ensino do Paraná
A deflagração da greve foi aprovada em assembleia no último sábado (25) e luta contra o projeto “Parceiros da Escola”, desenvolvido pelo governo do estado, que visa a privatização da gestão das escolas. A greve inicia na próxima segunda-feira (3).
Cerca de 89% da categoria votou a favor da paralisação, que se coloca em oposição ao projeto do governador do Estado, Ratinho Jr (PSD), parceiro político de Jair Bolsonaro, que entrega a administração financeira das escolas para empresas privadas a partir de 2025.
Na segunda-feira (27), o projeto enviado pelo governo, que prevê a privatização de 200 escolas, foi lido na Assembleia Legislativa.
O projeto que traz como discurso a garantia de prestação de serviços públicos educacionais parece inofensivo para o estado, mas é o pontapé inicial para o fim da educação de qualidade. As escolas que passarão a ser geridas por empresas privadas serão pressionadas a gerar lucro para o estado.
A privatização coloca em risco a atividade profissional dos trabalhadores da educação pública, que podem ter seus contratos rescindidos, além da contratação via CLT, que traz instabilidade ao exercício da profissão.
A proposta retira toda autonomia de professores e alunos, que serão pautados por interesses privados, desde o conteúdo em sala de aula até o uniforme exigido e cobrado pelas empresas que vierem a gerir as escolas.
Assim como a militarização, o projeto “Parceiros da Escola” é mais uma tentativa de desestruturar a educação pública. É um projeto que visa retirar a garantia e o direito à educação emancipadora em nosso estado, em prol da busca incessante de lucro governamental e que agora prevê a futura cobrança de mensalidade no acesso à educação pública e de qualidade no estado.
Petroleiros e Professores unidos contra a Privatização das Escolas no Paraná!