Veja os indicativos

FUP indica novas assembleias para deliberar sobre proposta da Petrobrás

Diante do limite negocial imposto pela empresa, o Conselho Deliberativo da FUP avaliou que é importante garantir segurança e previsibilidade por meio de um regramento coletivo negociado para o teletrabalho. Uma reivindicação histórica, sempre negada pelos gestores, que só foi possível de alcançar devido às mobilizações unitárias da categoria

A FUP e seus sindicatos analisaram e debateram em Conselho Deliberativo nesta sexta (23) a nova proposta apresentada pela Petrobrás. Na avaliação das direções sindicais, garantir uma regra coletiva e negociada por dois anos para o teletrabalho é uma blindagem importante contra a intenção da gestão Magda de impor aos trabalhadores em regime híbrido o retorno 100% ao presencial ainda este ano, como já havia feito com os gerentes.

Apesar da proposta não atender por completo às reivindicações e às expectativas dos trabalhadores administrativos, diante do limite negocial imposto pela empresa, o Conselho Deliberativo da FUP avaliou que é importante garantir segurança e previsibilidade por meio de um regramento coletivo negociado para o teletrabalho. Uma reivindicação histórica da categoria, que os gestores sempre negaram e que só foi possível de alcançar devido às mobilizações unitárias da categoria.

A paralisação de 24 horas em março e a aprovação nas assembleias de uma nova greve foram fundamentais para fortalecer as entidades sindicais no processo negocial com a empresa, mesmo com todas as dificuldades de interlocução e de respeito aos fóruns coletivos de negociação, que estamos enfrentando desde o início da gestão Magda. Somam-se a isso os entraves e a falta de transparência da Gerência de RH, sempre agindo de forma dúbia e muitas vezes com má-fé negocial, como aconteceu na campanha da PLR.

Foi, portanto, a luta coletiva da categoria que possibilitou à FUP buscar na mesa de negociação uma proposta de regramento do teletrabalho e de valorização dos trabalhadores por meio de um abono, que corrija a diferença de tratamento que a gestão Magda tentou impor à categoria, reduzindo a PLR e mantendo os altos ganhos dos acionistas. “O abono foi uma conquista que construímos nessa mesa de negociação. O ACT é outra negociação”, explica a diretora da FUP, Cibele Vieira.

O Conselho Deliberativo da FUP, portanto, encaminha às assembleias os indicativos de aprovação das propostas de regramento do teletrabalho para os trabalhadores do Sistema Petrobrás em regime híbrido e de abono para os trabalhadores da holding, reforçando a necessidade da categoria continuar mobilizada. Várias pautas estruturais estão em andamento, como a solução definitiva para os equacionamentos da Petros, a negociação do Plano de Cargos e Salários que começa em junho, a recomposição dos efetivos, a busca por condições seguras de trabalho, entre outras reivindicações.  Além disso, durante os Congressos Regionais e a Plenafup, a categoria petroleira debaterá estratégias de luta para fortalecer e ampliar as conquistas do ACT.

As mobilizações do teletrabalho têm sido um importante acúmulo de luta para os próximos enfrentamentos que as trabalhadoras e os trabalhadores petroleiros terão pela frente. Essa luta ainda não acabou.

Indicativos para as assembleias:

A FUP orienta os sindicatos a suspenderem as atuais assembleias em curso e convocar novas assembleias para a categoria petroleira deliberar sobre os seguintes indicativos:

  1. Aceitação da proposta de teletrabalho  – assembleias com trabalhadores do administrativo (Petrobrás e Transpetro)
  2. Aceitação do abono – assembleias voltadas somente para trabalhadores da Petrobrás (holding)

 [Da comunicação da FUP]