Em assembleia realizada pelo Sindipetro PR e SC nesta sexta-feira (15), os trabalhadores e trabalhadoras da CAP Serviços Médicos, que prestam serviços na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), aprovaram por unanimidade a representação sindical pela entidade. A deliberação inclui a autorização para que o Sindicato negocie e ajuíze ações em nome de toda a categoria, com o objetivo de reivindicar direitos trabalhistas e demais garantias.
Em apenas dois meses de contrato com a refinaria, a empresa já apresenta uma série de irregularidades no trato com os trabalhadores. O plano de saúde não contempla dependentes, o FGTS não está sendo depositado, benefícios como vale-alimentação e vale-combustível não foram pagos, e para piorar, o pagamento de julho veio com pendências como o não pagamento de adicional noturno, Adicional de Hora Repouso Alimentação (AHRA), sobreaviso e horas extras.
O quadro de funcionários é composto por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionistas, dentistas, técnicos administrativos, entre outros, que recorreram ao sindicato para iniciar as negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). No início de junho, o Sindipetro PR e SC encaminhou uma proposta à CAP Serviços Médicos, que apresentou uma contraproposta. Reuniões chegaram a ser marcadas, mas foram canceladas pela empresa, evidenciando o descompromisso com a pauta.
Diante dos problemas de pagamentos, o Sindicato enviou outros três ofícios na tentativa de estabelecer diálogo e encontrar soluções, mas até momento não foram respondidos. Para agravar, a empresa não repassa qualquer informação aos seus empregados, profissionais que desempenham um papel essencial na unidade, salvando vidas diariamente, mas que vêm sendo tratados com descaso.
Para o diretor sindical Thiago Olivetti, com a representação, a entidade tomará todas as medidas cabíveis para que as pendências da CAP Serviços Médicos com a categoria sejam prontamente solucionadas. “O sindicato, agora como representante legal, vai cobrar mais incisivamente para que a empresa resolva todas as pendências e para que a gente consiga avançar na negociação, garantindo que esses trabalhadores sejam respeitados como devem e que o contrato também seja cumprido. Existem cláusulas contratuais, como o plano de saúde, que não estão sendo atendidas”, destacou.
Na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados de Araucária (Fafen-PR), a situação é ainda mais grave. A CAP Serviços Médicos atua na unidade há oito meses e já acumula pendências, como casos de trabalhadores demitidos que ainda não receberam suas rescisões.
O Sindipetro PR e SC reafirma seu compromisso com a categoria, colocando toda a sua estrutura à disposição para garantir que os direitos sejam respeitados e as condições de trabalho atendam à dignidade que os profissionais merecem.