Setor Privado

Trabalhadores da CAP aprovam estado de greve e assembleia em caráter permanente

Os trabalhadores e trabalhadoras da CAP Serviços Médicos, lotados na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), aprovaram por unanimidade, em assembleia realizada nesta quinta-feira (28), a instalação de estado de greve e a manutenção de assembleia em caráter permanente.

A decisão ocorre após uma série de descumprimentos por parte da empresa, que iniciou contrato com a refinaria em 18 de junho de 2025. Desde julho, foram constatados o não recolhimento do FGTS, atrasos no pagamento do vale-alimentação e do vale-combustível, a não inclusão de dependentes no plano de saúde, além de pendências referentes a horas extras, adicionais de turno, sobreaviso, hora repouso alimentação e trabalho noturno.

O Sindicato buscou resolver a situação por meio do diálogo, mas a CAP Serviços Médicos descumpriu os prazos acordados, primeiro até 20/08 e depois até 23/08. Diante da frustração, os trabalhadores se mobilizaram na segunda-feira (25) e fizeram um protesto para pressionar a empresa a pagar os débitos trabalhistas.

Após o ato, uma reunião havia sido marcada para esta quinta-feira (28), mas foi adiada pela empresa. Em conversa com o diretor sindical Thiago Olivetti, o setor de Recursos Humanos informou que os débitos de dez empregados ainda pendentes serão regularizados nesta sexta-feira (29).

Para Olivetti, esse descaso não pode mais ser tolerado. “Não está fácil para os trabalhadores, as contas estão vindo e precisam ser pagas. Eles trabalharam e não receberam, e ficar mendigando o próprio salário é complicado. Esse desrespeito mexe com as pessoas, estão todos indignados e desesperançosos. A expectativa é de que nas próximas semanas a empresa se reorganize e corrija os erros do início de contrato”, afirmou.

Com a aprovação do estado de greve e da assembleia em caráter permanente, o Sindipetro PR e SC reforça que espera a imediata normalização das condições de trabalho e o cumprimento integral das obrigações da CAP Serviços Médicos. Caso as pendências não sejam resolvidas, a categoria poderá realizar novos protestos.

O Sindicato destaca ainda que repudia qualquer tipo de assédio ou ameaça de demissão por parte da empresa e deixa claro que não deixará nenhum trabalhador ou trabalhadora para trás.

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