Assembleias debatem indicativo de greve nacional no Sistema Petrobrás

O Sindipetro PR e SC convoca os trabalhadores e trabalhadoras do Sistema Petrobrás (Petrobrás, Transpetro e TBG) para uma rodada de assembleias, entre os dias 4 e 11 de dezembro, que irá discutir e deliberar sobre o indicativo de greve por tempo indeterminado a partir de 15 de dezembro. Ao todo, serão 11 sessões, realizadas nos formatos presencial e virtual. Confira o calendário abaixo.

A orientação pela greve foi aprovada pelo Conselho Deliberativo da FUP no dia 27 de novembro, quando a entidade encaminhou à Petrobrás as pautas da categoria, formalizando as cobranças feitas em mesa. Entre elas estava a exigência de uma nova contraproposta que atendesse aos três eixos centrais da campanha reivindicatória, aprovados nacionalmente. O prazo para retorno se encerrou nesta terça-feira (02), sem que a empresa apresentasse respostas.

Ponto crucial para aposentados, pensionistas e toda a categoria, o enfrentamento aos PEDs segue no centro da mobilização. A FUP cobra que a Petrobrás cumpra o compromisso assumido com o Fórum em Defesa dos Participantes da Petros, garantindo uma proposta financeira que preserve 95% da renda líquida dos aposentados e pensionistas. Também reivindica a apresentação de um calendário de ações para mediação no TCU, baseado na proposta construída com as entidades que integram o Fórum.

Para intensificar a pressão sobre este eixo, as representações sindicais retomam no dia 11 de dezembro a vigília em frente ao Edisen, no Rio de Janeiro. O acampamento contará com a participação de delegações de todo país na busca por uma solução definitiva para os equacionamentos.

O diretor da FUP e do Sindipetro PR e SC, João Felchak, reforçou a relevância do tema. “Nós não somos apenas herdeiros das lutas e conquistas de ACTs anteriores, muitos de nós somos filhos, sobrinhos e irmãos de quem sofre diretamente os impactos desses equacionamentos. Por isso, defender o fim dos PEDs é defender a dignidade de milhares de famílias”, destacou.

O segundo eixo reafirma a Defesa da Distribuição da Riqueza, por um ACT digno e sem ajuste fiscal sobre salários e carreiras. Entre os principais pontos estão ganho real, fim do banco de horas e do saldo AF, regras claras para a HETT, rejeição aos custos administrativos da AMS/APS, acordo de paradas de manutenção, PLR 2019, gratificação de uma remuneração e a sinalização de um novo Plano de Cargos e Salários.

A pauta inclui ainda comissões permanentes sobre prestadores de serviços, reposição de efetivos via concursos públicos, com convocação do cadastro reserva e abertura de novos concursos, e a atualização do capítulo de SMS, alinhada à uma proposta de Transição Energética Justa, Popular e Soberana.

O terceiro eixo trata da defesa do Sistema Petrobrás como empresa pública e integrada. Entre as demandas estão o anúncio de que não haverá privatização do Polo Bahia Terra, da PBio e de ativos estratégicos, o fim das demissões de prestadores no E&P Onshore, a suspensão dos desimplantes no Offshore, o fortalecimento das subsidiárias, a incorporação dos trabalhadores da PBio, TECAB, Termobahia e ANSA ao Sistema, além de mudanças na política de contratação de serviços e da criação de comissão para discutir o Planejamento Estratégico da companhia.

O Sindipetro PR e SC reforça a importância da presença de todos e todas nas assembleias. A decisão coletiva é fundamental para construir uma mobilização forte, capaz de romper o impasse criado pela gestão da empresa e assegurar um ACT que contemple a pauta reivindicatória da categoria petroleira e valorização de quem construiu e de quem constrói a Petrobrás.

Confira o calendário e participe:

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Por Juce Lopes

Com informações da FUP