Agora é greve!

“A Petrobrás que defendemos olha para as necessidades do povo brasileiro, mas também valoriza os seus trabalhadores”, afirma diretora da FUP em evento com Lula e Magda

Durante a cerimônia de início das obras do Trem 2 da Refinaria Abreu e Lima, a diretora da FUP, Cibele Vieira, reforçou o momento decisivo da campanha reivindicatória da categoria petroleira. “Estamos em dezembro, lutando por uma distribuição mais justa da riqueza gerada por nós, tanto para os trabalhadores da ativa — próprios e prestadores de serviço — como para aqueles que vieram antes, aposentados, aposentadas e pensionistas”

A FUP deu o recado para o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e para a presidenta da Petrobrás, Magda Chambriard: “Não há dicotomia entre olhar a política ou olhar os interesses corporativos. Toda vez que nossos direitos avançaram foi quando a Petrobrás crescia olhando para a necessidade do povo. E quando retrocedemos, foi quando a Petrobrás quis se autodestruir. Essas coisas andam juntas”.

A fala da diretora da FUP, Cibele Vieira, durante a cerimônia desta terça-feira, 02, que marcou o início das obras de expansão da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, reforçou o momento decisivo da campanha reivindicatória da categoria petroleira. “Estamos em dezembro, lutando por uma distribuição mais justa da riqueza gerada por nós, tanto para os trabalhadores da ativa — próprios e prestadores de serviço — como para aqueles que vieram antes, aposentados, aposentadas e pensionistas”, afirmou em seu discurso durante o evento.

 

“A Petrobrás que defendemos olha para as necessidades do povo brasileiro, mas também valoriza os seus trabalhadores. Defendemos a democracia e lutamos pela valorização da negociação coletiva e autonomia sindical. Assim como por uma transição justa e que combata a pobreza energética”, ressaltou a diretora da FUP, lembrando que o jaleco que é marca de resistência da categoria petroleira “não virou símbolo por uma ação da empresa, mas pela luta de seus trabalhadores”.

Confira a íntegra da fala de Cibele:

 

13 motivos para uma greve nacional petroleira

  1. Basta de desrespeito e enrolação com os aposentados e pensionistas! Queremos uma proposta definitiva para o fim dos PEDs;
  1. Contra a intransigência e as pautas-bombas da gestão Magda. Queremos a suspensão imediata dos desimplantes e das demissões em massa no E&P;
  1. Por uma distribuição justa da riqueza gerada pela categoria! Os petroleiros e as petroleiras não aceitam austeridade e aperto de cinto, enquanto a gestão Magda libera pagamentos de dividendos bilionários aos acionistas. Queremos ganho real e valorização do nosso trabalho;
  1. Por um Plano de Cargos, Carreiras e Salários unitário, que valorize de forma justa todos os trabalhadores e trabalhadoras do Sistema Petrobrás;
  1. Pela revisão da HETT, com aumento da média e relógio de pontos na saída das unidades, negociado com os sindicatos;
  1. Por um Acordo Nacional de Parada de Manutenção que reconheça de forma justa o trabalho da manutenção e da operação, sem dividir a categoria;
  1. Pela recomposição dos efetivos próprios, de forma planejada e negociada com a categoria, e convocação imediata dos cadastros de reserva;
  1. Respeito e cuidado com as pessoas devem ser valores na prática e não só no papel! Até quando seguiremos lutando pelo fim do Banco de Horas e do Saldo AF? Queremos uma solução já e melhorias na AMS;
  1. Assistência alimentar fora da jornada é um direito de todos os trabalhadores e trabalhadoras. Queremos um ACT que garanta esse benefício em todas as unidades do Sistema Petrobrás;
  1. Basta de precarização e ataques aos trabalhadores e às trabalhadoras do E&P! Pelo atendimento das reivindicações do offshore e fim das ameaças de privatização do Polo Bahia Terra;
  1. Por um novo modelo de contratação que garanta os direitos básicos de trabalho, segurança e remuneração justa aos prestadores de serviço;
  1. Pelo fortalecimento da integração do Sistema Petrobrás e incorporação dos empregados cedidos ao UTGCAB e dos trabalhadores e trabalhadoras da Ansa, da PBio e da Termobahia;
  1. Pelo fortalecimento da negociação coletiva, fim de acordos individuais e retorno ao ACT das comissões permanentes de negociação que tratam da prestação de serviços e da anistia.

 

[Da comunicação da FUP]